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15/Jul/2021

Inflação: monitorados pesam para os mais pobres

Segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a alta nos preços de bens e serviços monitorados pelo governo, como a energia elétrica e o gás, foi o principal fator de pressão para que a inflação dos brasileiros mais pobres encerrasse o mês de junho quase duas vezes maior que a dos mais ricos. O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda registrou uma desaceleração da pressão inflacionária na passagem de maio para junho em todas as faixas de renda. No entanto, a pressão de custos ainda foi maior entre as famílias mais pobres, com renda domiciliar inferior a R$ 1.650,50: a variação dos preços passou de alta de 0,92% em maio para elevação de 0,62% em junho.

Entre as famílias de renda mais alta, que recebem mais de R$ 16.509,66 mensais, a inflação saiu de 0,49% em maio para 0,36% em junho. Entre os de renda média alta, com rendimento domiciliar mensal entre R$ 8.254,83 e R$ 16.509,66, a inflação desacelerou de 0,75% para 0,44% no período. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e usado pelo Ipea para fazer o cálculo da inflação por faixa de renda, encerrou o mês de junho com avanço de 0,53%, ante uma elevação de 0,83% em maio. Em junho, a maior pressão sobre a inflação partiu dos gastos com habitação.

A energia elétrica subiu 1,95%, devido ao acionamento da bandeira vermelha patamar 2 e ao reajuste tarifário em Curitiba (PR). As variações do gás de botijão e do gás encanado, por sua vez, seguem impactadas pela alta dos preços internacionais e já acumulam variações de 16% e 14,2% no ano, respectivamente. O aumento de 1,10% nos gastos com habitação em junho respondeu por 40% da inflação percebida pelas famílias mais pobres, um impacto de 0,24%. O encarecimento de 0,43% dos alimentos e bebidas contribuiu com mais 0,12%. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.