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15/Jul/2021

Empresas estão investindo em frotas elétricas

A Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) iniciou oficialmente as vendas do caminhão elétrico e-Delivery, desenvolvido e produzido no País. O lançamento do veículo para uso urbano, especialmente em entregas, vem acompanhado de um pacote que inclui assessoria e fornecimento de estações de recarga e instalação de sistema para geração de energia solar. A Coca-Cola encomendou 20 unidades do modelo e a JBS, um (para testes). Há outras 58 empresas interessadas. A Ambev já tem um contrato de intenção de compra de 1,6 mil caminhões, feito em 2018, e confirmou 100 até agora, que serão entregues até outubro. Por ser uma tecnologia nova e inicialmente ter baixa escala de produção, o e-Delivery custa, em média, 2,5 vezes mais do que a versão a diesel. O preço varia de acordo com as configurações do produto. A versão para 11 toneladas de carga com três “packs” (sistemas e bateria) custa R$ 780 mil e tem 110 km de autonomia.

O modelo mais completo, para 14 toneladas de carga e seis packs, custa R$ 980 mil e roda até 250 Km com a carga cheia. O custo adicional se paga em até cinco anos porque a eletricidade é mais barata que o diesel. O custo de manutenção é menor, há menos peças, o desgaste é menor e a eficiência do veículo é melhor. A empresa está atenta ao mercado externo e pretende, futuramente, oferecer o caminhão elétrico em todos os mercados em que já atua na América Latina e na África do Sul. Também não descarta a Europa. Mesmo com a atual crise hídrica, que levou o governo a elevar o preço da energia, o e-Delivery tem grande potencial de vendas. Um dos motivos é o compromisso das empresas em zerar a emissão de carbono nos próximos anos. As empresas terão opção de não usar energia do sistema elétrico, pois também são oferecidas alternativas de instalação de placas de energia solar em garagens. Os sistemas de abastecimento serão oferecidos pela montadora em parceria com a Siemens, ABB e GDSolar.

Há modelos de carregadores que fazem o abastecimento em 45 minutos. A bateria de lítio é importada da empresa CATL, da China, pela Baterias Moura, parceira da Volkswagen no projeto. A empresa agrega componentes e faz a instalação no veículo. Também será responsável pela reciclagem das baterias após o uso nos veículos, que tem duração de cinco a oito anos. A Moura montou uma linha exclusiva em sua fábrica em Pernambuco para a montagem das baterias para a Volkswagen e atua dentro do complexo modular da fábrica VWCO em Resende (RJ). Também operam no complexo a Weg, a Meritor e a Bosch. Outra parceira direta é a Semcon, na área de engenharia, e a Eletra, que faz conversão de veículos a diesel em elétricos. O próximo passo da empresa, já em estudos, é o desenvolvimento de ônibus elétricos, projeto incluído no programa de investimento de R$ 2 bilhões da empresa entre 2021 e 2025.

A Lojas Americanas inicia neste mês uma operação com automóveis elétricos. A companhia prevê encerrar o ano com uma frota denominada “ecoeficiente” de mais de 500 veículos. A ampliação da frota inclui também 150 tuc-tucs e 170 bicicletas comuns e elétricas, que vão ser usadas na última etapa da logística de entrega de produtos. A iniciativa faz parte das metas de ter 10% do total de entregas com esse tipo de veículo em 2021 e de neutralizar as emissões de carbono de toda a companhia até 2025. A iniciativa segue movimento semelhante observado em outras empresas de varejo, que viram as entregas crescerem com o avanço do comércio eletrônico durante a pandemia de Covid-19. O concorrente Mercado Livre já tem cerca de 50 carros elétricos em sua frota.

A nova frota de carros elétricos da Americanas é especializada no transporte de carga e deve circular, inicialmente, com 80 utilitários nas áreas metropolitanas de São Paulo, em Campinas e Ribeirão Preto, além da cidade do Rio de Janeiro (RJ). Até dezembro, chegarão outros cem automóveis, para expandir a operação da frota elétrica para Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Recife (PE) e Porto Alegre (RS). A chegada da nova frota de automóveis elétricos irá gerar, segundo a Americanas, cerca de 200 oportunidades diretas e indiretas de emprego, o que inclui uma equipe dedicada a gerir toda a frota. Segundo a companhia, os testes realizados mostram que cada veículo deste tipo possui autonomia de 200 km a 250 km com uma carga completa de bateria, o suficiente para um dia e meio de operação. Além dos ganhos ao meio ambiente, os veículos elétricos têm um custo menor de operação. Os gastos com ‘combustível’ chegam a uma redução de 90%, dependendo da faixa de horário do carregamento. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.