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14/Jul/2021

Inpe excluído da divulgação de dados de incêndios

O governo federal decidiu excluir o Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) da atribuição de divulgar os dados sobre alertas de incêndios e queimadas em todo o País. O órgão federal fazia esse trabalho há décadas, divulgando diariamente dados técnicos sobre o avanço do fogo no País, uma ferramenta crucial para orientar o avanço dos incêndios, bem como o volume queimado em cada região. A informação foi confirmada na segunda-feira (12/07), durante uma reunião realizada pelo Ministério da Agricultura. No encontro, que teve a participação da ministra Tereza Cristina, o diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) afirmou o Inmet é o órgão que fará esse trabalho, por meio de seu novo “Painel de Monitoramento ao Risco de Incêndio”, ferramenta que vai monitorar e divulgar os locais com maior probabilidade de ocorrência de incêndios no Brasil.

Não haverá mais emissões do Inpe sobre incêndio ou do Censipam (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia). A informação será do sistema nacional de meteorologia. Todos os relatórios do governo federal serão passados por esse sistema. Provavelmente, haverá uma regulação do sistema nacional de meteorologia. Segundo o diretor do Inmet, a divulgação feita até hoje teria problemas de integração de dados. É um problema que o Brasil enfrentava há décadas. O Ministério da Agricultura declarou que a iniciativa se deu devido aos incêndios florestais e queimadas, que ocorrem normalmente de julho a setembro no Brasil Central, ocasionando grande impacto ao meio ambiente, ao agronegócio e à economia brasileira. Diante disso, o Inmet estrategicamente passa a monitorar o risco de incêndio para fornecer informações e possibilitar a adoção de medidas preventivas mais eficazes e econômicas.

A ferramenta, segundo o ministério, possui um mapa de monitoramento que aponta para o índice de risco ou perigo de ocorrência de incêndios em determinada região e permite identificar as áreas com alto risco à ocorrência de incêndio, disponibilizar a informação de risco de incêndio para todos os Estados Brasileiros; contribuir para a redução das perdas na agricultura; contribuir nas ações preventivas de combate à incêndios; e garantir que o produtor possa realizar sua gestão de riscos. Desde 2019, o governo queria alterar o sistema e a divulgação de informações. Essa missão ficou a cargo do então ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, que, a mando do presidente Jair Bolsonaro, queria alterar o sistema aberto de dados. O monitoramento do desmate feito pelo Inpe motivou uma crise no governo após o presidente e integrantes de sua equipe questionarem os dados medidos pelo órgão. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.