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08/Jul/2021

Amazônia: expectativa é de reduzir desmatamento

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que cerca de 3 mil militares das Forças Armadas serão deslocados para atuar em ações de apoio e combate ao desmatamento. Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, reuniu-se com alguns ministros para informar sobre a “Operação Samaúma”, como foi batizada a nova investida militar. Para ele, a trajetória era muito boa até o fim do mês de abril. Após a saída das Forças Armadas, houve um aumento significativo do desmatamento, principalmente em maio. Os índices foram bem elevados. A meta agora é reduzir entre 10% e 12% o índice de desmatamento verificado entre julho do ano passado e agosto deste ano, comparado com igual período anterior. Os militares ficarão na floresta até o fim de agosto, mas o prazo poderá ser prorrogado se o governo julgar necessário. Na avaliação de Mourão, a atuação dos militares tem segurado o avanço dos crimes na floresta.

Ele chegou a afirmar que, quando os militares deixaram a Amazônia, no fim de abril, houve aumento do desmatamento. O que o vice-presidente não comentou é que, naturalmente, com o fim das chuvas em muitas regiões, sempre ocorre o avanço dos criminosos sobre as áreas protegidas. Os militares vão atuar com força neste mês de julho, com objetivo de reduzir o desmate entre 10%, 12%. O ponto focal é que todas as agências cooperem para que haja uma sinergia. A expectativa é de chegar ao fim do mês de julho com uma redução de 1 mil quilômetros quadrados de desmatamento. O índice de desmatamento verificado em unidades de conservação federais registrou um aumento de 312% em maio deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. As florestas protegidas, que são fiscalizadas pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), registraram 11.296 hectares de desmatamento, número bem superior ao registrado em maio de 2020, que foi de 2.741 hectares de florestas. O desmatamento acumulado também aponta que o País caminha para um novo recorde.

Entre agosto de 2020 e maio de 2021, as unidades de conservação somam 33.820 hectares de mata devastada. Esse volume é 40% superior ao ocorrido entre agosto de 2019 e maio de 2020, que registrou 24.165 hectares. Mourão afirmou que o governo precisa melhorar os números para chegar à Conferência do Clima (COP-26), em novembro, com o Brasil menos pressionado por sua atuação na área ambiental e chamou a atenção ainda para a contratação temporária de mais de mil brigadistas pelo Ministério do Meio Ambiente. As ações da Operação Samaúma ocorrerão em 26 municípios que apresentam maior quantidade anual de alertas de desmatamento em Acre, Mato Grosso, Pará e Rondônia. Na operação militar Verde Brasil 2, entre maio de 2020 e abril de 2021, foram aplicados R$ 410 milhões. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.