08/Jul/2021

A Nestlé Brasil anunciou, nesta quarta-feira (07/07), a criação de uma plataforma própria de inovação aberta para centralizar projetos com universidades, startups, scale-ups e empresas em negócios colaborativos. A ideia é acelerar a conexão com esses parceiros e fortalecer ainda mais a frente de inovação aberta, construindo conjuntamente soluções não só de produto, mas também de serviços aos consumidores e relacionados à operação. Batizada de Panela, a plataforma vai funcionar como mais uma frente de inovação do Centro de Inovação e Tecnologia da Nestlé, localizado em São José dos Campos (SP) e operação desde 2014. Por meio da plataforma, as startups e pesquisadores interessados poderão sugerir suas soluções de negócios para desenvolvimento colaborativo com a companhia de alimentos e bebidas, além de participar dos programas de aceleração e desafios de negócio propostos pela Nestlé. Serão 14 programas e 100 desafios de negócios neste ano, já há 2 programas de aceleração de startups e 7 de negócios rodando. Agora, há mais 2 novos desafios de negócios.

Atualmente, a empresa tem 43 parcerias com startups em andamento, entre projetos pilotos e programas de aceleração. A parceria com as startups e pesquisadores na construção dos projetos ocorre por meio de projetos pilotos remunerados e as selecionadas para aceleração têm mentoria da equipe de inovação da Nestlé. No final do programa, caso o projeto seja validado, as startups selecionadas poderão ser contratadas como parceiras ou fornecedoras da Nestlé. Os desafios de negócios vão desde supply chain (cadeia de abastecimento) a soluções para o consumidor. O objetivo é ir para o mercado, receber provocações das startups e construir juntos as soluções, tecnologias e modelos de negócios. Outra pretensão da plataforma digital é alcançar startups e pesquisadores de todo o País e ampliar a gama geográfica de colaboradores que atuam com a empresa. Entre os 10 desafios para as startups, estão o desenvolvimento de uma ferramenta de pré-diagnóstico infantil, ligada a área de nutrição, de uma solução de receitas instantâneas, e em sustentabilidade, de solução para redução da emissão de gases de efeito estufa nas cadeias produtivas de alimentos, ligadas ao leite, cacau e cafés.

Para as universidades, há propostas de desenvolvimento de tecnologia para redução da pegada de carbono no cultivo de cacau e café; tecnologia para aproveitamento do lodo das estações de tratamento das fábricas e tecnologia para otimização das análises do leite por espectroscopia de infravermelho. A plataforma é lançada exclusivamente para a operação brasileira. A empresa vai investir R$ 4 milhões em inovação aberta ao longo do ano, quatro vezes a mais que o aportado em 2019, quando a área começou a ser formada. Sobre o retorno do investimento em inovação aberta, sem abrir números, a empresa afirmou que o retorno supre o aporte aplicado na área. Nos últimos três anos, a Nestlé Brasil manteve relacionamento com mais de 1,4 mil startups, número que deve crescer com a plataforma. O foco é na geração de negócios, mas esse número pode ser dobrado. No acumulado de 2018 até o momento, a companhia realizou mais de 100 projetos pilotos com startups. Destes, 35 foram implantados em escala. A Panela foi estruturada pela Nestlé em parceria com as consultorias de inovação Innoscience, Distrito, Aevo, Techstart, Nexus, Endeavor e All 4 Food. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.