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07/Jul/2021

Dólar: valor justo na faixa entre R$ 4,50 e R$ 5,00

Após avaliar que o mercado tem reagido com exagero ao risco político, motivado por acusações de desvios e superfaturamento de vacinas que colocam o governo no centro da CPI da Covid, o Itaú Unibanco considerou que o valor justo do dólar está entre R$ 4,50 e R$ 5,00. Na expectativa de a alta da taxa básica de juros (Selic), com a possibilidade de aumento de 1% já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) se apresentando como bem possível, prevaleça, junto com o ciclo favorável das commodities, sobre os “ruídos políticos”. A expectativa para o dólar é de R$ 4,75 no fim deste ano.

No entanto, o câmbio deve voltar a ficar acima R$ 5,00 no ano que vem em razão da redução dos estímulos monetários nos Estados Unidos. A expectativa é de o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) diminuir a injeção de liquidez via compra de títulos em 2022 e voltar a subir os juros entre o fim do ano que vem e início de 2023. Os títulos do tesouro norte-americano com vencimento em dez anos devem ir, assim, para a faixa de 2,5% a 3% no fim de 2022, o que não será, no entanto, necessariamente ruim para países emergentes. Ao tratar do risco de racionamento de energia no Brasil, o Itaú avaliou que este é um debate frequente em ciclos de atividade aquecida pelo fato de o sistema tarifário não funcionar de forma ideal.

Os preços de energia devem subir estruturalmente no Brasil. Apesar da melhora sobre a percepção do risco fiscal, o problema do desequilíbrio das contas públicas segue presente. Nas contas do Itaú Unibanco, a dívida pública, dos quase 90% como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado, deve ir para cerca de 82% neste ano, mantendo-se perto deste nível em 2022. Ainda é um patamar muito alto. Dívida em 80% do PIB não é um patamar confortável, especialmente para um país emergente. O problema fiscal segue no Brasil, com as discussões políticas em torno do teto dos gastos do governo, que suscitam preocupações diante da situação fiscal considerada “precária”. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.