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07/Jul/2021

Custo da cesta básica recuou no decorrer de junho

Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos é realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em 17 cidades do País, de maio para junho, o valor dos itens da cesta básica de alimentos caiu em 9 capitais e aumentou em outras 8 capitais. De acordo com o levantamento, as maiores quedas foram registradas em Goiânia - GO (-2,23%), São Paulo - SP (-1,51%), Belo Horizonte - MG (-1,49%) e Campo Grande – MS (-1,43%), enquanto as altas mais expressivas ocorreram em Fortaleza – CE (1,77%), Curitiba - PR (1,59%) e Florianópolis – SC (1,42%). A cesta mais cara registrada foi a de Florianópolis – SC (R$ 645,38), seguida pela de Porto Alegre – RS (R$ 642,31), São Paulo – SP (R$ 626,76), Rio de Janeiro – RJ (R$ 619,24) e Curitiba – PR (R$ 618,57). Os valores mais baixos são de Salvador – BA (R$ 467,30) e Aracaju – SE (R$ 470,97). Todas as capitais analisadas sofreram alta de preços em comparação com junho do ano passado, com percentual variando de 11,17% (Recife - PE) a 29,87% (Brasília - DF).

Em relação ao primeiro semestre de 2021, 10 capitais tiveram aumentos e 7, reduções. Os alimentos que mais contribuíram para a redução do valor médio da cesta básica foram a batata (-17,89% ante maio), o tomate (-16,14%) e a banana (-4,19%). A batata apresentou redução em 9 das 10 capitais do Centro-Sul onde foi pesquisada, com oscilação entre -30,91% (Vitória – ES) e -12,83% (Florianópolis - SC). A queda de preço foi motivada por maior oferta e menor demanda. O preço da banana, com média ponderada dos tipos prata e nanica, recuou em 14 cidades pesquisadas. A variação foi de -13,24% (Belo Horizonte - MG) e -1,44% (Rio de Janeiro - RJ). O ritmo de colheita da banana nanica diminuiu com o frio, o que reduz a intensidade da queda de preços dos meses anteriores, e a oferta da banana prata aumentou. Os itens com maior alta em junho, por sua vez, foram o açúcar refinado (7%), a manteiga (2,87%) e o leite integral (2,46%). Com menor produtividade nos canaviais e aumento de exportações, o açúcar obteve elevação de preço em 15 capitais, variando entre 1,75% (Vitória - ES) e 15,41% (Natal - RN).

Os laticínios sofreram com a baixa oferta de leite no campo e o aumento de custo de produção. Dessa forma, o produto subiu em 16 capitais e a manteiga, em 12 capitais. As maiores altas do leite foram registradas em Belo Horizonte – MG (8,54%), Porto Alegre – RS (6,20%) e Aracaju -SE (5,87%), e o aumento da manteiga ocorreu principalmente em Aracaju – SE (5,30%), Brasília – DF (3,79%) e Vitória – ES (3,55%). Para alimentar uma família de quatro pessoas com a cesta básica de Florianópolis (SC), a mais cara do País, o Dieese estimou que o salário-mínimo necessário deveria ser de R$ 5.421,84, quase cinco vezes maior do que o piso nacional vigente. No mês anterior, a estimativa era de R$ 5.351,11. Com o desconto da Previdência Social (7,5%), a pesquisa calculou que, na média nacional, o trabalhador que recebe um salário-mínimo (R$ 1.100,00) comprometeu 54,79% para alimentar uma pessoa adulta em junho. O percentual foi menor do que em maio, de 54,84%. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.