06/Jul/2021

Segundo a Bolsa de Comércio de Rosário, com base em dados do Banco Central e do Ministério de Agricultura da Argentina, os produtores rurais do país devem encerrar a safra 2020/2021 (julho/2020 a junho/2021) com colheita de 127,5 milhão de toneladas, com o milho sendo o principal grão produzido, com 50 milhões de toneladas e a soja como a segunda maior produção com 45 milhões de toneladas. Apesar de cair pelo segundo ano consecutivo, a produção em 2020/2021 na Argentina é estimada como a terceira maior da história do país. A queda na produção pelo segundo ano seguido pode ser atribuída em grande parte à queda da produtividade das lavouras.

A principal redução no rendimento médio observada no cultivo da soja, que fez com que a produção de oleaginosas na Argentina caísse em mais de 5 milhões de toneladas. Em contrapartida, a área semeada tem crescido e atingiu recorde histórico de 38,7 milhão de hectares em 2020/2021. O maior aumento da área plantada ocorreu no cultivo do sorgo, que atingiu 950 mil hectares, aumentando 430 mil hectares em relação à safra anterior. O crescimento ocorreu em grande parte por causa das melhores margens esperadas na safra na época da semeadura e dos melhores preços relativos em decorrência da demanda da China.

Em relação às exportações, para a safra 2020/2021, o volume embarcado deve ficar em 93,4 milhões de toneladas de grãos e subprodutos, o que representa 73,25% da produção de grãos da Argentina. Desse volume, cerca de 56,8 milhões de toneladas deverão ser grãos, cereais e oleaginosas, enquanto 36,6 milhões de toneladas serão produtos industrializados derivados do processamento de cereais e oleaginosas. Cerca de 39% das exportações de grãos do país têm algum grau de processamento industrial. Apesar disso, esse nível vem caindo desde os picos registrados em 2013, principalmente em virtude da maior exportação de milho e trigo em grão, que aconteceu após a recuperação da área de ambos desde aquele ano. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.