01/Jul/2021

Com o objetivo de cada vez mais empresas de buscar a neutralidade de carbono até 2050, a Amazônia, com seu amplo território a ser reflorestado, apresenta-se como uma grande oportunidade ao investimento internacional. Ao mesmo tempo, o setor privado está se engajando em projetos e tem grande interesse no desenvolvimento sustentável da região, ao qual está em grande parte associada a reputação do Brasil no exterior e, por extensão, a capacidade das empresas brasileiras em ampliar seus negócios em mercados internacionais. Em geral, este foi o quadro apresentado hoje por representantes de empresas envolvidas com o tema em painel de um fórum do jornal inglês Financial Times que discutiu como o setor empresarial está atuando para preservar a Amazônia. Durante o evento, os participantes também cobraram que o governo entre na agenda para que os projetos de baixo carbono ganhem maior vulto na região.

O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável citou previsões de que soluções sustentáveis podem atrair US$ 17 bilhões ao Brasil. Existe interesse privado em desenvolver a Amazônia e enfrentar o impacto do desmatamento na economia. A economia de baixo carbono traz muitas vantagens a um país com potencial em questões ambientais como o Brasil. Para a Lojas Bemol, numa região em que a informalidade predomina e que, em razão da dependência de transferências de recursos federais, vem sendo afetada pela crise fiscal brasileira, será preciso construir um ambiente de negócios saudável como base a uma sociedade próspera na região. Dessa forma, será possível atacar as práticas ilegais em diversas atividades feitas nas florestas e rios, das queimadas à pesca clandestina. Existe a comunidade global, a comunidade de São Paulo e a comunidade local, todas com diferentes pontos de vista.

A Amazônia, apesar dos riscos, é um território vasto em oportunidades dentro da agenda ESG (meio ambiente, sociedade e governança corporativa), que é observada mais e mais por investidores, podendo ser palco do maior projeto de reflorestamento no mundo. É preciso parar de olhar para a Amazônia como um problema, mas como uma solução para o mundo. Para a Microsoft Brasil, o compromisso do setor privado é puxar a agenda ambiental e ajudar o governo a fortalecer e aplicar a lei contra o desmatamento. Existe a consciência de que isso vai ajudar em a reputação internacional do Brasil, o que contribui para os negócios. Nunca o desenvolvimento de um país esteve tão associado ao desenvolvimento de sua sociedade e do meio ambiente. O desenvolvimento sustentável da Amazônia ganhou novo tratamento nos últimos anos, com mais empresas, incluindo os maiores bancos do País, financiando projetos na região. Se o governo entrar nessa agenda, será possível ter oportunidades em escala ainda maior. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.