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30/Jun/2021

Endividamento das famílias atinge novo recorde

Segundo o Banco Central, a crise econômica trazida pela pandemia de Covid-19 fez o endividamento das famílias bater novo recorde no Brasil. Dados divulgados na segunda-feira (28/06) mostram que, em março, o endividamento das famílias com o sistema financeiro chegou aos 58%. Esse é o maior percentual da série histórica, iniciada em janeiro de 2005. O cálculo leva em conta o total das dívidas bancárias dividido pela renda das famílias no período de 12 meses. Como incorpora dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual apresenta certa defasagem.

Por isso, o resultado divulgado é o de março. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, que geralmente abarcam um montante considerável da renda das famílias, ainda assim o endividamento ficou em níveis elevados, de 35,7% em março. O percentual também é recorde para a série histórica. Em função da pandemia, muitas famílias brasileiras têm tido dificuldades para fechar as contas. Uma consequência disso é a procura maior por crédito, com consequente aumento do endividamento. Para se ter uma ideia, em março do ano passado (no início da pandemia), o endividamento total das famílias estava em 49,4%, um índice 8,6% menor do que o visto em março deste ano.

Os números mostram um aumento gradativo do endividamento durante o ano de 2020 e no primeiro trimestre de 2021, em meio à demanda das famílias por crédito. Os dados do Banco Central mostram ainda que o comprometimento da renda mensal com essas dívidas ficou em 30,5% em março, acima dos 30,0% de março do ano passado. Se o financiamento imobiliário for excluído da conta, o comprometimento da renda ficou em 27,9% em março, ante 27,7% em março do ano passado. O comprometimento da renda das famílias com dívidas bancárias pouco tem variado durante a pandemia do novo coronavírus. Isso está ligado às condições dos novos financiamentos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.