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29/Jun/2021

China está em busca investimentos sustentáveis

Segundo o Núcleo China do Ministério da Agricultura, o tema da sustentabilidade adquire importância cada vez maior no país asiático. Há lançamentos regulares de novos compromissos e regulamentações para diferentes setores por meio dos quais os chineses buscam mostrar o caminho sobre como alcançar o caminho da neutralidade de carbono até 2060. Dado o compromisso público assumido pelo governo chinês e dada a velocidade com que medidas vêm sendo adotadas na China para lidar com a questão da redução de emissões dentro do país, isso vai gerar também efeitos para fora, no comércio internacional e nos investimentos que a China faz no mundo. Empresas, fundos e bancos chineses serão instados a adotar no exterior os mesmos critérios de decisão de investimento dentro da China.

Os chineses teriam interesse cada vez maior de se basear no incentivo, no encorajamento de determinados critérios de sustentabilidade que façam parte das suas escolhas de compra e investimento. Isso é positivo para a agricultura brasileira. O Brasil consegue garantir a sustentabilidade da produção. A China não tomaria decisões no quesito de sustentabilidade que pudessem dificultar seu próprio acesso a alimentos devido à prioridade do governo ser a segurança alimentar. A sustentabilidade não se tornará uma barreira no comércio Brasil-China. O Brasil tem uma agricultura que conseguiria atender a padrões chineses ou cláusulas de sustentabilidade que viessem a ser demandadas por empresas chinesas. A agricultura brasileira pode atrair capital de finanças verdes vindo da China. Esse interesse em sustentabilidade abre nova oportunidade de diálogo com a China não só para questões comerciais como de investimento.

O desafio na relação entre os dois países é o interesse declarado da China na diversificação de fornecedores. O Brasil precisa ter em mente que os chineses enxergam um problema no excesso de dependência de poucos fornecedores. É preciso estar atento à capacidade de outros países de conseguir aumentar a sua produção de grãos. Alguns possíveis fornecedores que o Brasil monitora são a Tanzânia e a Rússia. Não se pode falar em comparativo de competitividade, pois essa é uma tendência de futuro. A questão é quão distante está esse futuro. Quanto às oportunidades, com o desenvolvimento da economia chinesa, o incremento da população urbana deve continuar, assim como o aumento de renda da classe média. Isso leva a uma mudança de dieta e a uma preferência por consumo de produtos agrícolas de maior valor agregado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.