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23/Jun/2021

Grãos: preços devem se manter elevados em 2022

A soja e milho devem continuar em um cenário de restrição de oferta mundial e demanda aquecida em 2021 e ao menos no início de 2022. Na soja, o aumento da demanda chinesa com a recomposição de rebanhos após a peste suína africana (PSA) deve seguir pressionando os preços, mesmo com a safra recorde brasileira. Para o milho, a estimativa é de exportação baixa, de 21 milhões de toneladas, diante da quebra da 2ª safra de 2021 no Brasil.

Mas a maior parte do milho brasileiro é consumido no mercado interno e os preços do grão devem continuar elevados, mesmo com uma safra norte-americana dentro do esperado. Haverá um cenário de oferta apertada para uma demanda que continua forte. A situação do balanço não é confortável e, para o ano que vem, esse desequilíbrio deve continuar. Com os estoques de passagem baixos e demanda sustentada da China por grãos em meio à recomposição de seus rebanhos, é provável que os preços de milho e soja continuem em níveis similares aos atuais ao longo da próxima safra.

O que vai determinar se os preços vão ficar um pouco acima ou um pouco abaixo será o clima. No Brasil, com a questão do câmbio, os produtores estão extremamente capitalizados, vão investir no crescimento da produção. Teoricamente, levaria um tempo, mas a oferta iria se recuperando, voltando aos patamares mais normais. Mas, há a questão climática, que não está clara, no Brasil e nem nos Estados Unidos.

A safra deste ano foi bastante prejudicada pelo fenômeno La Niña, que tende a reduzir a chuva nas regiões mais ao sul do Brasil e que, agora, arrefeceu. Para a próxima safra, é difícil prever com antecedência como será o padrão climático. Alguns modelos de clima apontam para o resfriamento do Oceano Pacífico, que formaria a La Niña, mas ainda é bastante incerto. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.