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21/Jun/2021

Mapeamento das startups voltadas ao agronegócio

De acordo com o Mapeamento de Agtechs 2021, segunda edição do estudo feito pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups), o agronegócio brasileiro conta com 299 startups ativas voltadas ao setor, as chamadas agtechs. Entre as startups de tecnologias gerais, as voltadas à agropecuária representam 11,8%, ficando apenas atrás das relacionadas à educação e à saúde e ao bem-estar. O segmento agro é um dos mais tradicionais e maduros, mas ainda com oportunidades para novas soluções e exponencial crescimento. Os resultados positivos do estudo só comprovam esse promissor futuro. Entre as áreas de atuação das startups voltadas ao agronegócio, as agtechs se distribuem em tecnologias para antes da fazenda (10,2%), dentro da porteira (72,6%) e depois da porteira (17,2%). Das startups agrícolas com tecnologias para antes da porteira, 44% atuam com soluções financeiras para o setor, as agfintechs.

Dentro da porteira, se destacam as startups de gestão de dados agrícolas (41,2%) e, fora da porteira, a maioria atua com plataforma de negociação e marketplace (55,6%). Quanto ao modelo de negócios, 36,9% utilizam software como serviço (SAAS) para gerar receita. Entre as tecnologias mais utilizadas, 22,5% trabalham com aplicação de dados; 19,8%, com inteligência artificial e 16,6%, com internet das coisas. A Região Sudeste possui a maior presença de agtechs, com 40,8% das mapeadas pelo estudo. São Paulo é o Estado líder em número de agtechs, com 27,4%, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 17,2%, e pelo Paraná, com 12,7%. O mapeamento mostrou também que o setor é majoritariamente composto por empreendedores homens, com 85,4% dos fundadores do gênero masculino e de 31 a 40 anos. Ainda de acordo com o mapeamento, 47,1% das agtechs brasileiras já receberam investimentos, bem acima da média geral em todos os setores, de 26,7% em 2020.

O aporte foi feito por investidores anjo em 33,8% dos casos. A maior parte delas, 54,1%, está em fase de validação e operação. Em relação ao faturamento, 17,8% informaram que têm receita entre R$ 50 mil e R$ 250 mil. O estudo questionou as startups também quanto aos principais desafios em relação à tecnologia que enfrentam. Das agtechs ouvidas, 33,9% apontaram a falta de conectividade e infraestrutura na zona rural como principal obstáculo. O levantamento foi realizado pela autodeclaração das agtechs, que responderam à pesquisa amostral de forma ativa. A metodologia é diferente da aplicada pelo Radar Agtech Brasil 2020/2021, feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e que utiliza de informações públicas. O mapeamento da Embrapa revelou 1.574 agtechs existentes no País. O estudo da ABStartups tem nível de confiança de 95%. Também não são inclusas as foodtechs (startups com soluções voltadas à alimentação). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.