17/Jun/2021

O Itaú BBA prevê conceder na safra 2021/2022 entre R$ 44 bilhões e R$ 49 bilhões a produtores rurais e empresas do agronegócio, um aumento de 15% a 20% sobre o montante disponibilizado na safra 2020/2021, a depender do número consolidado ao fim da temporada. A maior parte dos recursos será liberada com taxas de juros de mercado. Somente R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões terão taxas controladas, por se tratar da parcela de depósitos à vista (25%) que os bancos obrigatoriamente devem destinar ao crédito rural. O financiamento do agronegócio não cabe mais no Plano Safra, já há alguns anos. O agro competitivo e capaz de agregar valor e tecnologia sem depender de um nível maior de subsídio do governo. O mercado tem conseguido desenvolver ferramentas de crédito para suprir a necessidade do setor porque o negócio é bom, e quando o negócio é bom, o funding vem.

Apenas para produtores rurais o Itaú BBA deve conceder entre R$ 10 e R$ 14 bilhões, 30% a 40% mais do que na safra atual, sendo R$ 1,5 bilhão em recursos obrigatórios com taxas controladas, porém sem equalização pelo Tesouro Nacional. Do total previsto para a produção, 60%, aproximadamente, devem ser liberados para custeio e 25% para financiar investimentos dos agricultores. Os R$ 3,5 bilhões restantes a serem concedidos com taxas controladas se destinarão a cooperativas e seus cooperados. Além dos produtores, o Itaú BBA também continuará disponibilizando financiamentos para empresas da cadeia produtiva, dos segmentos de insumos, tradings, agroindústrias de diversos setores e cooperativas. Neste caso, a maior parte, 75%, deve se destinar ao custeio das operações (compra de insumos).

Além de atender todos os segmentos do agronegócio, o banco vem buscando estabelecer parcerias com grandes agentes do setor. O banco busca trabalhar com convênios ou junto a indústrias de insumos no financiamento de necessidades de produtores. Recentemente, anunciou o apoio ao programa Pro Carbono, da Bayer, e devemos anunciar ao longo das próximas semanas outras parcerias, que também ajudarão a aumentar nossa presença no agro. O PRO Carbono foi apresentado pela Bayer em 27 de maio e se destina a oferecer orientação e uma rede de parceiros, inclusive de crédito, para apoiar os participantes a reduzirem suas emissões de gases de efeito estufa e, ao mesmo tempo, elevar a produtividade nas lavouras. Na safra 2021/2022, deve envolver cerca de 800 produtores.

O Itaú BBA será parceiro da iniciativa concedendo condições especiais aos participantes, como dispensa de garantias reais (como hipoteca), mais agilidade na contratação dos empréstimos e possibilidade de taxas de juros mais baixas em comparação a linhas convencionais. No balanço de resultados do primeiro trimestre de 2021, o Itaú deu destaque a seu crescimento no agronegócio nos últimos dos anos. A equipe de 34 pessoas em 2019 deve chegar próximo de 300 no fim de 2021. O número de clientes deve se aproximar de 2,4 mil, ante 463 há dois anos. A carteira de crédito (operações contratadas e ainda não amortizadas) de agro do banco, em março deste ano, atingia R$ 46,5 bilhões, 20,5% maior do que em março de 2020, quando somava R$ 38,6 bilhões. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.