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14/Jun/2021

Dólar volta a subir e fica acima do nível de R$ 5,10

O dólar subiu acentuadamente contra o Real na sexta-feira (11/06), encerrando a semana passada com ganhos antes das decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Banco Central do Brasil, que serão anunciadas na quarta-feira (16/06). O dólar encerrou o pregão em alta de 1,06%, a R$ 5,12. Essa foi sua maior valorização diária desde 21 de maio (+1,511%), e seu maior patamar para fechamento desde 1° de junho (R$ 5,14). No acumulado da semana passada, o dólar teve alta de 1,66% contra o Real. O dólar futuro negociado na B3 tinha alta de 1,41%, a R$ 5,13. O mercado de câmbio está num momento de espera antes da "super quarta" desta semana, quando se encerram os encontros do Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed (Fomc) e do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Até a quarta-feira (16/06), o período será de especulação e o dólar deve oscilar entre R$ 5,05 e R$ 5,10, ou até mais.

Nos Estados Unidos, embora analistas esperem que o Fed mantenha sua postura expansionista atual, temores de superaquecimento econômico têm elevado ruídos relacionados a um possível aperto monetário precoce por parte do Federal Reserve. Dados de quinta-feira (10/06) mostraram que o índice de preços ao consumidor norte-americano subiu 0,6% no mês passado, após alta de 0,8% em abril, que havia sido a maior taxa desde junho de 2009. Por outro lado, no Brasil, está claro para os investidores que o Banco Central vai dar continuidade à alta dos juros. A previsão é de que o BC anunciará o terceiro aumento consecutivo de 0,75% na taxa Selic nesta semana, e possivelmente vai indicar um ciclo mais agressivo à frente ao abandonar seu compromisso com uma "normalização parcial" da política monetária. A expressão, empregada pelo BC em suas últimas publicações, significa, basicamente, o aumento da taxa de juros com certo grau de estímulo econômico.

Porém, com a melhora das perspectivas de crescimento e o mercado começando a enxergar uma inflação acima da meta em 2022, o ajuste parcial deveria ser revisto. Na segunda-feira (07/06), a pesquisa Focus do Banco Central mostrou que o mercado elevou com força a expectativa de crescimento econômico do Brasil em 2021 depois de dados melhores do que o esperado sobre a atividade divulgados na semana passada. Na frente da inflação, números de quarta-feira (09/06) mostraram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,83% em maio, resultado mais forte para o mês desde 1996. A alta dos juros deve impactar positivamente os retornos dos ativos brasileiros, incentivando a vinda de capital estrangeiro, e com a maior entrada de dólares na economia, a tendência é de valorização do câmbio. Apesar de ter encerrado a semana passada em território positivo, o dólar chegou a cair para R$ 5,03 na terça-feira (08/07), seu menor patamar para encerramento desde 10 de junho de 2020 (R$ 4,93). Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.