11/Jun/2021

Segundo o Ministério da Agricultura, a demanda por capital vinda do agronegócio para girar a operação (custeio de insumos) se aproxima de 70% do Valor Bruto da Produção agropecuária (VBP), hoje de R$ 1 trilhão. Por isso, é importante o aumento do "funding", ou seja, da oferta de crédito para o agronegócio. Esses R$ 700 bilhões (70% de R$ 1 trilhão) devem aumentar, porque o VBP vai aumentar, e não incluem os investimentos necessários para ampliar a escala da produção.

Para estimular a oferta e racionalizar o apoio do Estado ao setor, o governo tem atuado no desenvolvimento dos mercados convencionais de crédito, verde e o seguro rural. O trabalho é para que os produtores melhorem a governança, entendendo que há um aumento do custo para elevar a governança, mas também tem custo-benefício. O governo precisa dar atenção especial ao agronegócio brasileiro, tendo em vista que a medida aumentará a arrecadação e os recursos para apoiar os setores da indústria e de serviços. O sistema bancário ainda é caro para o agronegócio e está em "zona de conforto". Os reguladores do mercado precisam dar mais liberdade aos agentes para atuar.

Os reguladores propagam a economia de mercado, mas não dão liberdade a agentes. O uso do mercado de capitais pelo agronegócio ainda é incipiente em relação ao mercado norte-americano. O volume de recebíveis (títulos de dívida usados como lastro na emissão de papéis do mercado de capitais) nos Estados Unidos representa atualmente 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, ou seja, em torno de US$ 10 trilhões, enquanto no Brasil equivale a 3% do PIB, ou US$ 60 bilhões. O mercado de crédito para o setor precisa de facilidade para operar, risco quantificável e segurança jurídica. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.