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10/Jun/2021

Dólar avança com cautela sobre inflação nos EUA

Um dia antes da divulgação da inflação ao consumidor nos Estados Unidos, que deve ajudar a balizar as expectativas para os próximos passos da política monetária do Federal Reserve (Fed), o dólar ganhou força no mercado internacional e o mesmo se repetiu ante o Real. Na máxima, a moeda americana superou os R$ 5,08 nesta quarta-feira (09/06). A alta só não foi maior por conta da surpresa com o IPCA de maio, mostrando a maior taxa para o mês dos últimos 25 anos. Ao sinalizar que o Banco Central vai seguir elevando a taxa básica de juros em ritmo mais forte, o indicador ajudou a retirar pressão para alta do dólar. Após cair na mínima de R$ 5,02, região de resistência da moeda nos últimos dias, que tem atraído compradores, o dólar fechou esta quarta-feira (09/06) em alta de 0,69%, cotado em R$ 5,06. No mercado futuro, o dólar para julho subia 0,54%, a R$ 5,07.

O IPCA mostrando aceleração de 0,31% em abril para 0,83% em maio reforça que não só o Banco Central deve elevar os juros em 0,75% na reunião da semana que vem como sinalizar alta da mesma magnitude no encontro seguinte, em agosto. Os números desta quarta-feira (09/06) superaram as previsões da casa e do mercado. A inflação se transformou em fenômeno mundial, em meio à retomada da atividade, como mostraram até dados da China, com a inflação ao produtor (PPI) mostrando um salto anual de 9% em maio, a maior dos últimos doze anos, gerando cautela nos mercados. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve tem conseguido convencer os investidores do caráter transitório da inflação. O juro da T-note de 10 anos atingiu o menor nível diário desde 3 de março. Mas, a expectativa pela inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos provocou cautela, tanto no mercado de bolsa como de moedas. O indicador será divulgado nesta quinta-feira (09/06).

Após a surpresa com o CPI de abril bem acima do previsto, o Deutsche Bank destaca que o número será monitorado de perto por participantes do mercado e dirigentes do Fed, que entraram esta semana em período de silêncio por conta da reunião de política monetária da semana que vem. Nova surpresa com o indicador pode fortalecer adicionalmente o dólar e penalizar moedas de emergentes. Sobre o câmbio brasileiro, a visão mais otimista com a atividade econômica e o consequente alívio fiscal têm ajudado o Real a ganhar força. Um dos indicadores de destaque é a balança comercial, que tem mostrado forte superávit, que deve ficar em US$ 80 bilhões este ano, nível recorde. A previsão é de dólar a R$ 5,20 ao final do ano, com a moeda norte-americana tendendo a ganhar força mais para o final do ano, por conta do início das conversas para as eleições e do orçamento de 2022, que pode ter pressão para mais gastos por conta do ano eleitoral. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.