ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

02/Jun/2021

Agronegócio: atração de investimentos privados

No painel "Os 3 I's da Agricultura: Inovação, Infraestrutura e Instrumentos Verdes", dentro do Fórum de Investimentos Brasil 2021 (BIF), evento internacional sobre atração de investimentos estrangeiros para o Brasil organizado pela Apex-Brasil, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pelo governo federal, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que inovação, infraestrutura e instrumentos verdes são pilares fundamentais para atração de investimento privado estrangeiro ao agronegócio brasileiro. Em relação à infraestrutura, Tereza Cristina afirmou que é um dos principais desafios do setor. O Brasil precisa de logística mais eficiente porque o agro cresce cada vez mais e cada vez mais, elevando o déficit de logística. As dificuldades de escoamento aumentam o custo com logística para o produtor. Entre as medidas e políticas adotadas pelo governo para melhorar a infraestrutura do País, Tereza Cristina citou a ampliação e o leilão da rodovia BR-163, o programa de estímulo à cabotagem, a BR do Mar e os investimentos em ferrovias.

Segundo ela, o governo brasileiro vem trabalhando arduamente para melhorar a infraestrutura. O leilão da BR-163, marcado para o dia 8 de junho, é uma excelente oportunidade de investimento estrangeiro no Brasil. A rodovia vai facilitar o escoamento de grãos da Região Centro-Oeste. A ministra também citou que a meta do governo é dobrar a movimentação de cargas por ferrovias em oito anos, com a Ferrogrão, ferrovia ainda em projeto. No quesito da inovação, Tereza Cristina pontuou que é imprescindível melhorar a conectividade do campo. O Brasil enfrenta desafios de levar conectividade para as áreas rurais. Por isso, é necessário expandir a rede 4G e iniciar testes de 5G. A ampliação da conectividade na área rural vai permitir que o agro brasileiro entre em uma nova era, na era da inteligência artificial, destacou a ministra. A ministra ressaltou que a utilização de maior tecnologia no setor permite consolidar o País na agricultura verde, de baixo carbono.

Em abril, foi renovado o compromisso de reduzir a emissão de carbono na agropecuária brasileira. A sustentabilidade é fundamental para consolidar a agricultura que atenda às necessidades do mundo atual. Sobre os instrumentos financeiros verdes, aqueles que chancelam a sustentabilidade da operação, Tereza Cristina apontou que o País precisa desburocratizar a entrada de recursos externos e que o mercado de capitais brasileiro está maduro para receber investidores de todo o mundo. Há trilhões de dólares em busca de bons investimentos e a agropecuária brasileira demanda R$ 100 bilhões apenas para capital de giro. Segundo ela, o governo trabalha insistentemente na oferta de títulos verdes do agro brasileiro. O Ministério da Agricultura planeja a criação de novas operações financeiras voltadas à sustentabilidade no agronegócio. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o único ponto que o Brasil precisa melhorar na imagem externa é zerar o desmatamento ilegal.

É preciso combater o desmatamento com ampliação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), controle e fiscalização do governo. Sobre o Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural, a ministra apontou que o governo trabalha para expandir o número de propriedades que integram o sistema. O CAR vai permitir o controle e o mapeamento das áreas de preservação e se tornar um ativo do Brasil. A agricultura brasileira caminha para uma agricultura cada vez mais sustentável. O meio ambiente é fundamental para a boa produtividade agrícola. Na avaliação da ministra, preservação ambiental e produção agrícola caminham juntos no Brasil. O Brasil começou há 50 anos essa trajetória de investimento em tecnologia. Aumentamos a produção em 450%, contra expansão de 40% em área. Não há mais dúvidas de que o agro brasileiro é sustentável. O Brasil é uma potência agroambiental, observou Tereza Cristina. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.