ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

02/Jun/2021

PIB da Agropecuária: clima e câmbio são decisivos

Segundo a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), o clima e o câmbio devem ser determinantes para o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário nos próximos trimestres. Agora, a maior preocupação é com o segundo semestre, principalmente em relação ao câmbio e ao clima, variáveis que o produtor não controla. A temporada 2020/2021 foi plantada com dólar próximo a R$ 5,80 e agora está próximo a R$ 5,15.

O dólar está nos níveis mais baixos desde dezembro do ano passado, o que significa dizer que não será tão favorável ao setor como já foi. Além disso, há preocupação com o problema hídrico, que já afetou pastagem e produção de cana-de-açúcar. A seca pode trazer perdas em produtividade de alguns cultivos, mas também pode gerar quebras expressivas na colheita de outros. Deve haver uma quebra em algumas culturas e redução na produção agrícola total.

Se a seca se prolongar, haverá atraso na safra de verão (1ª safra 2021/2022), resultando em menor produção, encarecimento do processo e agravamento da inflação. Esses reflexos das condições climáticas já devem ter impacto sobre o PIB agropecuário do segundo trimestre, em virtude da menor produção esperada de milho na 2ª safra de 2021. Não deve ter crescimento na comparação anual, porque é o período também de finalização da safra 2020/2021.

A protelação da safra de verão (1ª safra 2021/2022) desloca a produção para trimestres mais à frente, em virtude do atraso no plantio e colheita. Quanto ao desempenho do setor no primeiro trimestre, que cresceu 5,7% ante o quarto trimestre do ano passado, o resultado é considerado espetacular. O crescimento de 1,2% do PIB brasileiro foi fortemente ancorado na agropecuária, mostrando a importância do setor. Esse resultado é uma fotografia de um momento extremamente favorável para o setor. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.