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02/Jun/2021

PIB avança com impulsionamento da Agropecuária

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou alta de 1,2% no primeiro trimestre de 2021 ante o quarto trimestre de 2020. Na comparação com o primeiro trimestre de 2020, o PIB apresentou alta de 1,0% no primeiro trimestre de 2021. O PIB do primeiro trimestre de 2021 totalizou R$ 2,0 trilhões. O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária subiu 5,7% no primeiro trimestre de 2021 ante o quarto trimestre de 2020. Na comparação com o primeiro trimestre de 2020, o PIB da agropecuária mostrou alta de 5,2%. A produção nacional de soja voltará a impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária deste ano, por causa da nova safra recorde do grão. O PIB Agropecuário ganhou peso no PIB. A agropecuária é uma atividade que não foi tão afetada pela pandemia. O PIB Agropecuário teve uma elevação de 5,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao primeiro trimestre de 2020, impulsionado pela produção de soja, fumo e arroz. Por outro lado, houve contribuição negativa da produção do milho e da mandioca. O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria subiu 0,7% no primeiro trimestre de 2021 ante o quarto trimestre de 2020.

Na comparação com o primeiro trimestre de 2020, o PIB da indústria mostrou alta de 3%. O Produto Interno Bruto (PIB) de serviços subiu 0,4% no primeiro trimestre de 2021 ante o quarto trimestre de 2020. Na comparação com o primeiro trimestre de 2020, o PIB de serviços mostrou queda de 0,8%. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) subiu 4,6% no primeiro trimestre de 2021 ante o quarto trimestre de 2020. Na comparação com o primeiro trimestre de 2020, a FBCF mostrou alta/queda de 17%. A taxa de investimento (FBCF/PIB) dos primeiros quatro meses de 2021 ficou em 2%. O consumo das famílias caiu 0,1% no primeiro trimestre de 2021 ante o quarto trimestre de 2020. Na comparação com o primeiro trimestre de 2020, o consumo das famílias mostrou queda de 1,7%. O consumo do governo, por sua vez, caiu 0,8% no primeiro trimestre de 2021 ante o quarto trimestre de 2020. Na comparação com o primeiro trimestre de 2020, o consumo do governo mostrou queda de 4,9%. As exportações cresceram 3,7% no primeiro trimestre de 2021 ante o quarto trimestre de 2020, a maior alta desde o terceiro trimestre de 2018 (6,5%).

Na comparação com o primeiro trimestre de 2020, as exportações mostraram alta de 0,8%. As importações contabilizadas no PIB, por sua vez, subiram 11,6% no primeiro trimestre de 2021 ante o quarto trimestre de 2020. Na comparação com o primeiro trimestre de 2020, as importações mostraram alta de 7,7%, também a maior desde o terceiro trimestre de 2018 (13,2%). A contabilidade das exportações e importações no PIB é diferente da realizada para a elaboração da balança comercial. No PIB, entram bens e serviços, e as variações porcentuais divulgadas dizem respeito ao volume. Já na balança comercial, entram somente bens, e o registro é feito em valores, com grande influência dos preços. A alta de 5,7% no Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária no primeiro trimestre, na comparação com o quarto trimestre de 2020, foi a maior alta nessa base de comparação desde o primeiro trimestre de 2017, quando houve um salto de 12,2% sobre o quarto trimestre de 2016. A safra de soja, que deverá renovar o recorde neste ano, e é colhida principalmente no primeiro semestre, é a principal responsável pelo desempenho.

No agregado, o PIB cresceu 1,2% no primeiro trimestre ante o quarto. Foi a maior alta nessa base de comparação para primeiros trimestres desde os três primeiros meses de 2011, quando houve alta de 1,4% ante igual período de 2010. Ainda na comparação com o trimestre imediatamente anterior, as altas de 0,7% no PIB da indústria e de 0,4% no PIB dos serviços foram as terceiras variações positivas seguidas. Pela ótica da demanda, a alta de 4,6% na formação bruta de capital fixo (FBCF) também foi a terceira seguida. Na contramão, a queda de 0,1% no consumo das famílias sobre o quarto trimestre de 2020 foi o primeiro desempenho negativo após duas altas. A alta de 3,7% nas exportações foi a maior desde o terceiro trimestre de 2018, quando houve salto de 6,5% sobre o segundo trimestre daquele ano. A alta de 1,0% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi o primeiro registro de crescimento, nessa base de comparação, após quatro quedas seguidas. Na comparação com um ano antes, a formação bruta de capital fixo, que saltou 17,0%, registrou a maior alta desde o segundo trimestre de 2010, quando a economia se recuperava fortemente da crise financeira global de 2008, e os investimentos saltaram 22,9% sobre o segundo trimestre de 2009.

A alta de 3,0% no PIB da indústria sobre o primeiro trimestre de 2020 foi a maior variação desde o primeiro trimestre de 2014. Naquela ocasião, pico da atividade antes de a economia entrar numa recessão que duraria até o quarto trimestre de 2016, o PIB industrial avançou 3,9%. Também no lado dos desempenhos positivos, as importações, que cresceram 7,7% sobre o primeiro trimestre de 2020, tiveram a maior alta desde o terceiro trimestre de 2018, quando avançaram 13,2% sobre igual trimestre de 2017. Por outro lado, a queda de 1,7% no consumo das famílias na comparação com os três primeiros meses de 2020 foi a quinta seguida nessa base de comparação. A mesma sequência de quedas foi registrada no PIB de serviços, que caiu 0,8% ante o primeiro trimestre do ano passado. O consumo do governo, com o tombo de 4,9% em relação ao primeiro trimestre de 2020, registrou o décimo trimestre seguido de queda na comparação com um ano antes. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2020 ante o segundo trimestre de 2020, que passou de 7,7% para 7,8%.

O IBGE também revisou a taxa do PIB do primeiro trimestre de 2020 ante o quarto trimestre de 2019, de queda de 2,1% para queda de 2,2%. O avanço de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre de 2021 ante o quarto trimestre de 2020 fez a economia brasileira voltar a operar no mesmo patamar do quarto trimestre de 2019, no pré-pandemia de Covid-19. O resultado foi o terceiro trimestre seguido positivo, depois dos recuos no primeiro (-2,2%) e no segundo (-9,2%) trimestres de 2020, ano em que a economia encolheu 4,1%. Apesar da melhora, o PIB ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do País, alcançado no primeiro trimestre de 2014. As atividades financeiras cresceram 5,1% no primeiro trimestre de 2021 ante o primeiro trimestre de 2020. Os transportes, armazenagem e correios avançaram 1,3% no período, o segmento de informação e comunicação aumentou 5,5%, e o comércio teve expansão de 3,5%. As atividades imobiliárias avançaram 3,9%, e a produção de distribuição de eletricidade, gás, água e esgoto aumentou 2,1%. A indústria de transformação cresceu 5,6%.

Por outro lado, as indústrias extrativas recuaram 1,3%, a construção encolheu 0,9%, as outras atividades de serviços caíram 7,3%, enquanto a administração pública e seguridade social diminuíram 4,4%. O desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre foi puxado pela alta nas atividades de agropecuária, indústria e, pela ótica da demanda, pelos investimentos. O PIB avançou 1,2% em relação ao quarto trimestre de 2020. Além desses motores no desempenho do PIB, as restrições ao contato social, para evitar o contágio por Covid-19, não foram tão fortes como no início da pandemia. Houve algumas restrições ao funcionamento das atividades, mas não foram tão rigorosas e tiveram efeito menor sobre a economia. Sobre as atividades que puxaram o crescimento, destaca-se que a agropecuária foi a menos afetada pela pandemia. Com isso, houve um "descolamento" entre o desempenho agregado do PIB e a dinâmica da atividade de serviços, pelo lado da oferta, e do consumo das famílias, pelo lado da demanda. Isso é consequência do efeito da pandemia sobre a economia. O Ministério da Economia avaliou que o resultado do PIB mostra a forte recuperação da atividade econômica, mesmo com o recrudescimento da pandemia.

Isso demonstra o acerto da política econômica do governo e alega que a retirada de programas emergenciais no fim de 2020 não trouxe grandes impactos sobre a atividade no primeiro trimestre deste ano. A pasta ainda reiterou a importância da aprovação de reformas estruturantes para que a recuperação da economia seja plena e pujante. O PIB avançou 1,2% no primeiro trimestre de 2021 ante o quarto trimestre de 2020. O resultado foi o terceiro trimestre seguido positivo, depois dos recuos no primeiro (-2,2%) e no segundo (-9,2%) trimestres de 2020, ano em que a economia encolheu 4,1%. A recuperação da economia brasileira, quando comparada às outras retomadas desde 1980, tem se destacado, com a atividade corrente aproximando-se da tendência do PIB anterior à recessão, algo que é raro na história recente brasileira. A atividade econômica, a despeito do fim dos programas emergenciais do governo federal em dezembro de 2020, e do recrudescimento da pandemia no começo de 2021, permaneceu em trajetória de elevação nos primeiros meses do ano. Isso demonstra o acerto da política econômica do governo ao apontar corretamente que não ocorreria o fiscal cliff propagado por alguns analistas.

Em resumo, a retirada dos estímulos governamentais temporários não teve impactos significativos sobre a atividade no primeiro trimestre do ano. Enfatiza-se que o governo federal cumpriu com sua determinação de encerrar todos os programas emergenciais, sem exceção, em 31 de dezembro de 2020. Contrariando diversos agentes econômicos que esperavam prorrogação dos auxílios indefinidamente, esses só retornaram em abril após clara piora da pandemia. Cabe salientar que o teto de gastos tem sido mantido pelo governo federal mesmo num cenário de forte estresse fiscal, e essa não é uma vitória menor do que o próprio estabelecimento do teto. Os indicadores de mais alta frequência, diários e mensais, apontam que a atividade continua se recuperando no início deste ano e que os resultados mais recentes têm levado os especialistas a revisarem suas projeções para 2021, ampliando o crescimento esperado, cuja média passou de 3,0% para quase 4,0% nos últimos três meses. No entanto, o baixo volume de chuvas e seu impacto na oferta de energia elétrica poderá ser um limitador da perspectiva de crescimento neste ano e está sendo observado com a atenção necessária, de forma a evitar ou mitigar os seus efeitos.

O Ministério da Economia ressalta que a recuperação plena e pujante da economia só será possível com a retomada da agenda de reformas e consolidação fiscal. A reforma tributária, reforma administrativa, o PL de modernização do setor elétrico, as debêntures de infraestrutura, o PL de concessões e parcerias público-privadas, o PL Cambial, o novo marco de Ferrovias, e a Nova Lei de Cabotagem são exemplos de reformas necessárias ao País, que estão em discussão no Congresso Nacional e poderão atuar na simplificação tributária, na desregulamentação e na redução de custos, com o objetivo primordial de aumento da produtividade, tão necessário neste momento. Para este ano, e em parceria com o Congresso Nacional, a agenda econômica continua avançando. A MP da Eletrobrás acaba de ser aprovada na Câmara e segue para o Senado onde também se encontram para aprovação: PL cambial, BR do mar, e licença ambiental. A modernização do setor elétrico, a mudança do regime de partilha para concessões, o novo marco de parceria público-privadas, o PL de autorização de ferrovias, e um aprimoramento das debêntures de infraestrutura também estão nas prioridades para esse ano, além, claro, das reformas administrativa e tributária. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.