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02/Jun/2021

China perde poder de ditar preços de commodities

Segundo o Goldman Sachs, a China perdeu poder de precificação de commodities. A velocidade da recuperação da demanda dos países desenvolvidos significa que a China não é mais o comprador marginal ditando preços. A tese altista em commodities não é sobre especuladores chineses nem sobre o crescimento da demanda chinesa, e sim sobre escassez e a recuperação liderada pelos mercados desenvolvidos.

Os preços cederam após as advertências da China sobre especulação dentro do país, mas o caminho fundamental nas principais commodities, como petróleo, cobre e soja, permanece orientado para o aperto incremental no segundo semestre, com escassas evidências de uma resposta de oferta suficiente para descarrilar este mercado altista. A atual repressão da China à especulação com commodities reflete movimentos semelhantes dos Estados Unidos em meados dos anos 2000.

Quando observadores são incapazes de entender o que está impulsionando uma mudança como essa de paradigma nos preços, eles atribuem isso aos especuladores (um padrão comum ao longo da história que nunca resolveu o aperto fundamental). Banir especuladores normalmente leva a mais volatilidade de preços. Desencorajar a formação de estoques preventivos pelos consumidores deixará a China mais exposta à concorrência de empresas norte-americanas, que conseguem repassar a inflação das commodities aos consumidores.

A razão imediata para o maior poder de precificação dos Estados Unidos é o grande estímulo fiscal do país, que está ausente na China, mas também existem fatores estruturais que sinalizam para uma mudança de paradigma. A China não se beneficia mais tanto de sua vantagem comparativa em mão de obra de baixo custo, comércio global e sua aparente indiferença anterior ao impacto ambiental das emissões de gases de efeito estufa. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.