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01/Jun/2021

Desmatamento considerado descontrolado no Brasil

Segundo o BNP Paribas (BNPP) no Brasil, o desmatamento ilegal e as queimadas, assim como várias das pautas relacionadas ao meio ambiente que estão no Congresso, causam enorme preocupação no setor privado e entre investidores estrangeiros. Dadas as condições climáticas e do desmatamento que já se desenham, a previsão é de aumento das queimadas este ano. Há consenso no mercado que o desmatamento ilegal está descontrolado. Neste momento, há uma insegurança jurídica, em fiscalização e incertezas orçamentárias relacionadas ao meio ambiente, mas o setor privado, das tradings de soja aos frigoríficos, entende que medidas para uma produção sustentável precisam ser implementadas. E o papel do financiamento é muito importante nesse processo.

Recentemente, o BNP Paribas aderiu ao Net-Zero Banking Alliance (NZBA), que envolve 45 bancos no mundo, carregando US$ 28 trilhões em empréstimos. O propósito é buscar a neutralidade de carbono até 2050, especialmente por meio da transição das carteiras de empréstimos desses bancos para empresas comprometidas com a redução de emissão de carbono até 2050. A política do banco é apoiar empresas mirando desmatamento zero até 2025. No Brasil, a abordagem colaborativa e construtiva, que aponte o norte para as indústrias do setor agrícola e de carnes, por exemplo. Hoje, o engajamento das companhias é muito maior do que no passado, uma vez que o mercado entendeu que o risco climático se transformou em risco financeiro. Por isso, deve haver aceleração da produção com foco sustentável. Quanto mais demora, mas caro fica para as empresas, porque terão de investir mais para se adaptarem no futuro e poderão ver a fuga de muitos investidores.

O Brasil é um celeiro de ideias e capacidades para condução de projetos voltados à produção sustentável e baixo desmatamento. É o único país florestal que conseguiu reduzir o desmatamento em 72% entre 2004 e 2012, o que colocou o Brasil na liderança de manejo sustentável. O Acre é líder na gestão de floresta por sua capacidade de implementar programas climáticos, de manejo e valorização da floresta em pé. A busca da sustentabilidade não é um caminho com um fim, mas um processo contínuo. "Não existe uma linha que atravessamos e, pronto, somos sustentáveis. É uma agenda de desenvolvimento, de eficiência, inovação e tecnologia. Entender isso como um processo ajuda a implementar a sustentabilidade de forma transversal. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.