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01/Jun/2021

PIB global: retomada será desigual entre os países

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) global crescerá 5,8% em 2021 e 4,4% em 2022, em recuperação classificada como significativa, mas desigual entre países e setores. Os números representam uma leve melhora em relação às projeções anteriores, de expansão de 5,6% este ano e 4% no próximo. Enquanto nações desenvolvidas devem completar os seus programas de vacinação contra a Covid-19 até o último trimestre deste ano, a maior parte das economias emergentes, com algumas exceções, deve ter de lidar com as restrições provocadas pela pandemia por mais tempo. O espaço fiscal apertado para mais estímulos em países emergentes também os coloca em desvantagem em relação ao mundo desenvolvido, algo que já pode ser comprovado diante do forte aumento das poupanças nos países do G7, o que deve impulsionar os gastos com consumo nestas regiões.

Ainda sobre emergentes, a OCDE avalia que países exportadores de commodities serão beneficiados pela alta nos preços, enquanto economias baseadas no turismo enfrentarão uma recuperação mais lenta. Quanto ao mercado de trabalho, a expectativa é de uma melhora gradual, com a taxa de desemprego dos países da OCDE recuando 1% no período projetado, ainda acima do nível anterior à pandemia de coronavírus. Empresas em muitos países têm espaço considerável para atender à demanda aprimorada expandindo as horas trabalhadas por funcionário, em vez do tamanho geral de sua força de trabalho. O comércio global deve se fortalecer em 2021, apesar da atividade persistentemente fraca do setor de serviços. Caso a pandemia siga provocando restrições sanitárias, e por consequência mine a confiança de potenciais viajantes, o comércio de serviços permanecerá subjugado. A aceleração da distribuição de vacinas contra o coronavírus a principal prioridade para preservar renda e limitar os efeitos da pandemia sobre a economia.

É importante que haja uma coordenação global para garantir o acesso a imunizantes. A falha em garantir a supressão global do vírus aumenta o risco de que novas e mais ameaçadoras mutações apareçam, com algumas restrições à mobilidade tendo que permanecer em vigor. Os países devem intensificar reformas estruturais com objetivo de proteger as economias de choques futuros. Para a entidade, é preciso manter as medidas de apoio fiscal e monetário enquanto for necessário. A retirada prematura e abrupta do suporte deve ser evitada enquanto as economias ainda estão frágeis e o crescimento permanece prejudicado por medidas de contenção e o ritmo de vacinação. As medidas fiscais devem ser direcionadas para os setores que mais necessitam. Planos de recuperação também devem priorizar novas medidas, regulatórias e fiscais, que sustentem a demanda, melhorem as perspectivas para digitalização da economia e ajuda no combate às alterações climáticas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.