31/Mai/2021

Segundo a Fundação Getúlio Varga (FGV), a aceleração de 1,84% para 5,23% do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) foi a grande responsável pelo avanço significativo do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) entre abril e maio (1,51% para 4,10%). No mês, tanto o IPA agropecuário quanto o industrial pressionaram fortemente, com taxas superiores a 5,00%. Os produtos agropecuários ganharam força de 1,75% para 5,17% e os industriais, de 1,88% para 5,25%. Em 12 meses, o aumento do IPA está na casa de 50%. A taxa é de 50,21% para o índice geral, 56,68% para o agropecuário e 47,81% nos itens industriais. Os preços de commodities importantes voltaram a pressionar a inflação ao produtor.

Em maio, o IPA avançou 5,23%, sob forte influência dos aumentos registrados para minério de ferro (de -1,23% para 20,64%), cana-de-açúcar (de 3,43% para 18,65%) e milho (de 8,70% para 10,48%). Essas três commodities responderam por 62,9% do resultado do IPA. A alta mais significativa entre os estágios de produção ocorreu em Matérias-Primas Brutas, que registrou aumento de dois dígitos em maio. A aceleração foi de 1,28% em abril para 10,15% neste mês. Além do minério de ferro e da cana-de-açúcar de açúcar, é destaque a soja em grão (1,23% para 3,74%). Em sentido oposto estão os itens bovinos (3,09% para 0,41%), leite in natura (2,08% para 1,24%) e laranja (-1,78% para -4,16%). O ritmo de alta de Bens Finais também se elevou entre abril e maio, de 1,11% para 1,59%.

A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 2,03% para 2,98%, no mesmo período. Os Bens Intermediários tiveram algum alívio no mês, de 3,16% para 2,59%. Neste caso, o principal responsável foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo porcentual passou de 5,08% para 0,06%. Além de minério de ferro, cana-de-açúcar, milho e soja, a carne bovina (3,04% para 5,04%) também é destacada como uma das principais influências individuais de alta sobre o IPA de maio. Por outro lado, banana (-9,74% para -18,42%), mamão (-2,36% para -29,83%), óleo diesel (0,50% para -0,77%), laranja (-1,78% para -4,16%) e feijão (-3,51% para -2,9%). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.