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24/Mai/2021

Brasil e China precisam combater o protecionismo

O ministro da Agricultura chinês, Tang Renjian, afirmou que Brasil e China precisam combater o protecionismo em sua busca por desenvolvimento sustentável. O Brasil é o principal fornecedor de alimentos aos chineses, que são, por sua vez, o maior parceiro comercial brasileiro. Os países devem melhorar a comunicação e troca mútua de experiências, priorizar a inovação tecnológica para agricultura, como novas cultivares e respostas às mudanças climáticas, reforçar o comércio bilateral “sadio e estável” e ampliar a cooperação multilateral, com alinhamento de posições nos órgãos internacionais. O crescimento sustentável é uma missão longa, que exige esforço e cooperação. O aumento do protecionismo é um desafio para o desenvolvimento sustentável mundial agravado pelo cenário da pandemia.

No papel de potências e mercados emergentes, é oportuno que Brasil e China promovam um diálogo sobre agricultura sustentável. O ministro afirmou que o governo chinês dá grande atenção à sustentabilidade na agricultura e que já começa a colher frutos de um Plano Nacional para Agricultura Sustentável, mas que a implantação de um novo conceito e a promoção do desenvolvimento verde depende de cooperação. Segundo ele, o Brasil é um parceiro estratégico nesse tema, já que os dois países têm grandes complementaridades. A parte chinesa está disposta a trabalhar, unir forças, para injetar novo ímpeto para alcançar os objetivos da agenda 2030. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o Brasil tem condições de ampliar e diversificar a oferta de produtos agropecuários e atender às preocupações crescentes dos consumidores da China com sustentabilidade.

Ela destacou a relação de confiança entre os dois países e apontou oportunidades de investimentos chineses em financiamentos verdes para apoiar o aumento da produção brasileira. A ministra ressaltou os números da relação comercial entre Brasil e China e disse que existe uma relação de confiança na entrega perene de alimentos, que contribuir para a segurança alimentar chinesa. Segundo Tereza Cristina, a agricultura brasileira ajudará o país a alcançar a neutralidade de carbono até 2050 e reiterou ser preciso adotar medidas no setor energético, principal emissor de poluentes. A mudança do clima afeta diretamente o agricultor, com impactos nocivos à segurança alimentar e à preservação da biodiversidade. É preciso priorizar a redução global de emissões de efeito estufa, mas a agricultura sozinha não resolverá os problemas, apesar de sofrer seus efeitos. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.