21/Mai/2021
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o agronegócio brasileiro tem condições de ampliar e diversificar a oferta de produtos do setor para a China. O Brasil se consolidou como o mais importante fornecedor de produtos agroalimentares para a China. Foi construída uma relação de confiança e o País tem condições de contribuir, cada vez mais, para o consumo crescente da população chinesa e na transição da dieta do povo chinês para produtos de maior valor agregado. Tereza Cristina também apontou que o Brasil entende que o consumidor chinês tem preocupação com sustentabilidade e que o agronegócio trabalha para atender a esta demanda. Sustentabilidade é um conceito inerente à agropecuária do Brasil. A mudança do clima afeta diretamente o produtor e a redução da emissão dos gases relacionados ao efeito estufa deve ser priorizada. O setor de combustíveis fósseis é um dos principais emissores desses gases.
Em relação à agricultura de baixo carbono, a ministra reafirmou que o objetivo do País é atingir a neutralidade em emissão de gás carbônico até 2050. Entre as iniciativas, a ministra destacou o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) que completa 10 anos. Foi ultrapassada a meta de mitigação. Foi possível alcançar 20% da área plantada do Brasil com uso de tecnologias de baixa redução. O evento é promovido pelo Conselho Empresarial Brasil-China. Há um grande e promissor espaço para colaboração entre Brasil e China em agricultura sustentável. O ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China afirmou que o governo chinês acredita que há enorme potencial para explorar a agricultura sustentável. A China deseja injetar um novo ímpeto no Brasil para alcançar agricultura mais sustentável. O Brasil é o primeiro país a criar parceria estratégica com a China para desenvolvimento sustentável e maior parceiro no comércio de produtos agrícolas.
O ministro apresentou quatro propostas ao governo brasileiro para reforçar a parceria no âmbito agroambiental. A proposta é aumentar a comunicação entre Brasil e China sobre as políticas de agricultura sustentável, aumentar a frequência de visitas, organizar simpósios e promover maior interação neste assunto com sinergia. Em tecnologia, o ministro chinês propôs que os países impulsionem o desenvolvimento de tecnologias agrícolas, como criação conjunta de novas variedades com foco em biotecnologia. Quanto à relação comercial entre os dois países, o ministro propôs que seja otimizado e estimulado o investimento lado a lado, ou seja, com empresas brasileiras investindo na China e companhias chinesas investindo no Brasil. O objetivo é um comércio sadio e sustentável, trabalhando para alinhar projetos de comércio e investimento. Atualmente, seis empresas chinesas investem no agronegócio brasileiro. As exportações de produtos agrícolas brasileiros para a China representaram um terço das exportações agrícolas totais do Brasil no ano passado e geraram faturamento de US$ 34 bilhões.
Além disso, é preciso que ambos os países consolidem a cooperação multilateral. A parceria comercial Brasil-China já passou do âmbito bilateral e se tornou uma força internacional. É preciso união para defender o sistema multilateral de comércio, que tem a Organização Mundial do Comércio (OMC) como eixo, e criar um ambiente favorável de desenvolvimento sustentável. O aumento do protecionismo desafia o desenvolvimento sustentável do mundo. Ele ressaltou também que o governo chinês dá grande atenção à sustentabilidade agrícola, guiado pelo conceito de "águas limpas e morros verdes". A capacidade produtiva do agronegócio chinês vem aumentando e o manejo ambiental também avança. A China criou um Plano Nacional de Agricultura Sustentável até 2030 com um sistema de subsídios agrícolas para aprofundar a reforma estrutural agrícola e promover o desenvolvimento da agricultura verde. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.