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17/Mai/2021

Dólar fecha a semana abaixo do nível de R$ 5,30

O dólar fechou em queda na sexta-feira (14/05), respondendo ao alívio global, mas, na semana passada, a moeda ainda acumulou alta, após o rali da penúltima sessão por temores inflacionários nos Estados Unidos. O dólar caiu 0,78% na sexta-feira (14/0%) e fechou a R$ 5,27, após oscilar entre R$ 5,29 (-0,30%) e R$ 5,24 (-1,28%). No exterior, o índice da divisa norte-americana recuava 0,5%. O dólar perdia terreno contra a vasta maioria de seus principais rivais, com moedas correlacionadas a commodities (assim como o Real) em alta de até 1,5%.

A calma nos mercados globais de câmbio veio depois que o diretor do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) afirmou, na quinta-feira (13/05), que o Fed não elevará os juros até ver a inflação acima da meta por um longo tempo ou uma inflação excessivamente alta. Os mercados experimentaram um solavanco na quarta-feira (12/05), depois de dados muito mais fortes de preços ao consumidor nos Estados Unidos turbinarem apostas de que o Fed seria levado a apertar mais rapidamente a política monetária.

Na prática, isso se traduziria em enxugamento de liquidez, que deixaria de fluir para países emergentes, como o Brasil. O mercado já vive há décadas sem uma experiência concreta de inflação nos Estados Unidos Então, não será subitamente que este cenário irá se entrincheirar no preço dos ativos. Isso levará tempo e novos dados econômicos. De maneira geral, a expectativa é de um cenário de maior volatilidade pela frente. Na semana passada, a cotação no Brasil acumulou ganho de 0,85% (após seis semanas de queda), sobretudo devido à alta de 1,55% da quarta-feira (12/05), quando o dólar disparou em todo o mundo após dados de inflação nos Estados Unidos.

Em maio, a moeda ainda perde 2,94%, mas sobe 1,55% em 2021. O Bank of America avalia que o consenso é de dólar mais fraco no mundo, mas o momento de redução de estímulos nos Estados Unidos continua como um fator-chave para a dinâmica dos mercados e ruídos vindos dos próximos dados podem deixar investidores mais cautelosos ao expressarem suas visões. No Brasil, o Banco Central afirmou acreditar que a pressão cambial mais forte decorrente do desmonte do "overhedge" (proteção cambial adicional dos bancos) e de pré-pagamentos de dívidas em moeda estrangeira por empresas brasileiras ficou para trás. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.