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13/Mai/2021

Setor atacadista irá investir no comércio online

O setor atacadista brasileiro, um dos poucos que conseguiram registrar crescimento real de vendas em meio à pandemia, também vai se digitalizar. Em julho deste ano deve começar a funcionar um marketplace para venda de grandes volumes, como acontece em suas lojas físicas. O shopping virtual será destinado a pequenos supermercados, bares, restaurantes e até ao consumidor final, que compra em atacarejos. A Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad) está na fase de escolha da empresa que irá operar o marketplace. A iniciativa de criar um shopping virtual para vendas no atacado, que comercializa um grande volume de alimentos e produtos de higiene e limpeza, se deve aos números significativos que o comércio online tem registrado desde o início da pandemia.

O comércio online representou 15% do movimento em lojas de alimentos e produtos de perfumaria em 2020. Além disso, com tantas ondas de Covid-19, os atacadistas acreditam que a tendência de menos compras presenciais é irreversível e enxergam boas perspectivas para esse novo canal. Tanto é que uma pesquisa feita pela empresa de consultoria Nielsen com 660 atacadistas, que respondem por mais da metade do faturamento do setor, constatou que o comércio online lidera as intenções de investimento para este ano. De acordo com a enquete, 54,2% dos entrevistados pretendem expandir os investimentos no e-commerce. Esse resultado está muito à frente do segundo maior foco de atenção dos atacadistas, que é o investimento em novos formatos de lojas, com 49,2% das respostas.

Segundo a Fundação Instituto de Administração (FIA), o setor atacadista faturou R$ 287,8 bilhões e cresceu 0,7% em termos reais em 2020, já descontada a inflação, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas geradas no País, encolheu 4,1%. O número pode parecer pequeno, mas comparado ao encolhimento do PIB, é um resultado robusto frente a desorganização da economia provocada pela pandemia. No ano passado, o varejo tradicional, atendido por 95% do setor atacadista, caiu 0,4% sobre o ano anterior e os bares e restaurantes, a maioria abastecida pelo atacado, registraram queda de 18,6% nas vendas em razão do abre e fecha por causa da pandemia.

Dentre os vários tipos de atacado, o autosserviço, onde o cliente faz sozinho as compras, registrou o maior avanço nas vendas, 24,9%, com faturamento de R$ 64,7 bilhões, segundo ranking da Nielsen. O crescimento se deve à abertura de novas lojas e por continuarem funcionando enquanto outros comércios pararam de funcionar em razão da pandemia. No ranking geral, o Atacadão se manteve na liderança, com R$ 51,8 bilhões de vendas em 2020 e crescimento de 23,2% sobre o ano anterior, seguido pelo Grupo Martins, de Minas Gerais, que faturou R$ 6,5 bilhões e expandiu em 28,3% a receita em igual período. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.