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12/Mai/2021

Inflação: alta de commodities deverá elevar índice

Segundo o Itaú Unibanco, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostrou que a inflação subjacente segue pressionada e requer monitoramento, o que conversa com a avaliação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio de que essas medidas estão no topo do intervalo compatível com a meta. O novo salto em commodities agrícolas e no minério de ferro se sobrepõe à valorização recente do câmbio, deixando ainda o risco de alta para o IPCA. Atualmente, o Itaú espera que a inflação oficial feche este ano em 5,30%, acima do teto da meta, de 5,25%. Em abril, a alimentação fora do domicílio (0,89% para 0,23%) ficou abaixo do esperado, beneficiando os serviços, mas os industriais superaram a expectativa, com destaque para etanol, itens de higiene pessoal e automóvel novo.

De maneira geral, a inflação subjacente continua pressionada, salvo as oscilações de combustíveis, alimentos e bandeira tarifária. O núcleo IPCA-EX3, de bens e serviços subjacentes, está rodando em 5,0%, na margem dessazonalizada e anualizada. Em alimentação no domicílio (-0,17% para 0,47%), há alguma pressão em carnes bovinas e frango. Devido às commodities agrícolas, o Itaú recentemente revisou a projeção neste ano para 9%, depois de cerca de 18% em 2020 e 8% em 2019. Deve ser o terceiro ano de alta de alimentos bem fortes e o pano de fundo é o aumento de commodities agrícolas.

Outro fator de pressão sobre o IPCA de abril foram os medicamentos, devido ao reajuste autorizado de 10,08% no início do mês. Os produtos farmacêuticos subiram 2,69%. Contudo, há um projeto no Senado para suspender esse aumento. Uma eventual aprovação no Congresso poderia retirar 0,15% do IPCA de maio. Preliminarmente, a expectativa do Itaú é de alta de 0,60% no indicador do mês, considerando a mudança da bandeira tarifária na conta de luz para vermelha 1, de amarela. O banco já espera alteração para vermelha 2 em junho, que impactaria o IPCA em 0,20%. No mês, a inflação oficial deve alcançar o pico do ano, em 8,0%, no acumulado em 12 meses. O Itaú espera que o ano se encerre com bandeira vermelha 1. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.