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06/Mai/2021

Grãos: preços globais deverão se manter firmes

Os preços de grãos devem continuar em alta no curto prazo em virtude do esperado aperto na oferta global da safra 2021/2022. As perspectivas para 2021/2022 não dão muitos sinais de alívio para a situação de oferta restrita. Apesar de uma safra global que deve ser recorde em 2021/2022, apenas o mercado de trigo deve apresentar um leve superávit no balanço entre oferta e demanda. A entrada da safra norte-americana no mercado, que ainda está sendo plantada, pode fornecer um pequeno alívio às cotações de soja e milho, já que a expectativa é de produção maior que a da temporada passada.

A safra de soja dos Estados Unidos deve apresentar um pequeno superávit, enquanto a de milho deve registrar déficit novamente, embora menor. Portanto, preços elevados ainda podem ser esperados, especialmente porque os estoques de ambos os produtos dificilmente aumentarão no país. Embora o plantio esteja em andamento, a distribuição da área plantada nos Estados Unidos ainda não é clara, o que resulta em altos níveis de incerteza. Esse cenário de aperto na oferta mundial de milho pode ser reforçado pela possível quebra da 2ª safra de 2021 no Brasil. No momento, o preço do cereal está sendo impulsionado pelos riscos quanto à produção brasileira.

Quanto ao trigo, os preços firmes devem amenizar apenas quanto a nova safra estiver disponível no mercado. Especialmente porque a demanda por trigo para ração provavelmente será robusta em vista dos altos preços do milho e da soja, de modo que os estoques nos principais países produtores provavelmente só estagnarão. Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago devem alcançar, no quarto trimestre deste ano, US$ 13,50 por bushel, enquanto os contratos de milho devem atingir US$ 5,50 por bushel e os de trigo, US$ 6,70 por bushel. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.