06/Mai/2021
Um grupo de empresas do exterior publicou nesta quarta-feira (05/05) uma "carta aberta sobre a proteção da Amazônia". Na mensagem, as companhias demonstram preocupação sobre o Projeto de Lei 510/21, com ameaças potencialmente maiores à Amazônia do que versões anteriores recentes sobre o tema. Para as empresas, o projeto vai de encontro "à narrativa e à retórica que temos visto internacionalmente do Brasil", como por exemplo na recente Cúpula do Clima, no dia 22 de abril. Na mensagem, as companhias fazem uma ameaça: se esta ou outras medidas que minam as proteções existentes se tornarem lei, não haverá escolha a não ser reconsiderar o apoio e uso da cadeia de suprimento das commodities agrícolas brasileiras.
O projeto de lei é apontado pelos críticos como uma versão piorada da "MP da Grilagem", medida provisória que caducou no ano passado. A coalizão de empresas afirma que, ao longo do último ano, várias circunstâncias levaram a níveis extremamente altos de incêndios florestais e desmatamento no Brasil, enquanto as metas para redução desses níveis e orçamentos para fazer cumpri-los estão cada vez mais inadequados. As companhias afirmam que as proteções existentes na legislação brasileira têm sido cruciais para dar confiança de que os produtos, serviços e investimentos e as relações empresariais no Brasil estão alinhadas com os compromissos delas, bem como com a expectativa dos consumidores.
As empresas afirmam disposição para trabalhar com parceiros brasileiros no apoio e desenvolvimento do gerenciamento de terras e de agricultura sustentáveis. Elas finalizam a mensagem pedindo ao governo brasileiro que reconsidere sua proposta sobre o assunto. Entre os signatários da mensagem há várias empresas europeias, além da britânica Agricultural Industries Confederation (AIC). A empresa de serviços financeiros sueca Skandia, a britânica National Pig Association e a varejista britânica Tesco. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.