04/Mai/2021
A vacinação em massa contra a Covid-19 em países do Oriente Médio, com a reabertura da economia local, começa a trazer benefícios ao agronegócio brasileiro. Após um crescimento de menos de 2% nos embarques para a Liga Árabe em todo o ano passado, no primeiro trimestre de 2021 o incremento das vendas chega a 8,7% ante igual período de 2020, para US$ 1,78 bilhão. Segundo a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Arábia Saudita, principalmente, foram agressivos nas compras de vacinas. Também fizeram controle na entrada no país e ampla testagem de suas populações. Isso levou a uma reação do setor de food service, o mais afetado no início da pandemia, e à retomada de eventos esportivos e de negócios.
A vacinação mostra resultado imediato no incremento das relações entre esses países e o mundo. A previsão é de que as exportações do agro brasileiro aos países árabes cresçam até 5% maiores neste ano. Os embarques de grãos do Brasil para os árabes mais que dobraram no primeiro trimestre, puxados por demanda para ração, compras para garantir suprimento e consolidação de hubs regionais de exportação aos mercados próximos. As exportações de soja cresceram 148%, e as de milho, 133%. Até itens não tradicionais para aquele mercado, como algodão, viram seu espaço aumentar de janeiro a março. Para carnes de frango e bovina, o resultado na exportação deve ser semelhante ao de 2020, de US$ 2,94 bilhões.
Mas, os embarques têm potencial de superar os do ano passado. Além do aquecimento do consumo com a recuperação da economia, o plano de nacionalização da produção vai demorar mais do que o esperado em virtude de a importação ser a opção mais barata no momento. A entidade também prevê para este ano os primeiros embarques de carne de ovinos brasileira à Arábia Saudita, aos Emirados Árabes e ao Bahrein. O plano nacional de criação e abates de ovinos está mais modernizado e adaptado às questões sanitárias e regulamentares desses países. Outro foco é estimular a venda de produtos alimentícios de maior valor agregado, aproveitando a tradição do País na produção Halal (própria para o consumo muçulmano). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.