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03/Mai/2021

Mercosul-UE: questão ambiental é o maior desafio

O vice-presidente executivo da Comissão Europeia e comissário do comércio, Valdis Dombrovskis, previu o processo de aprovação do acordo comercial entre União Europeia (UE) e o Mercosul pelos parlamentos dos países do bloco comum europeu até o fim do ano com a ratificação do tratado podendo ocorrer ao longo do próximo ano. A projeção, no entanto, leva em conta que, durante esse período, as dúvidas, principalmente em relação às questões ambientais nas nações do Mercosul estejam sanadas. A expectativa é por uma aprovação, mas há preocupação com a sustentabilidade e essas questões precisam ser tratadas. O acordo, costurado durante duas décadas, foi fechado em 2019 e agora aguarda a aprovação dos congressistas europeus para depois passar pelo crivo dos parlamentares sul-americanos.

Há muitos entraves, no entanto, em relação ao tratado, principalmente na área ambiental, já que os europeus acusam os sul-americanos de não terem uma boa coordenação da área ambiental em seus países. Os membros do Mercosul acusam o bloco europeu de adotar uma postura protecionista a seus bens, em especial na área agrícola. Por isso, os principais desafios do acordo no momento são os que abordam aspectos de mudanças climáticas e desmatamento e o acesso ao mercado agrícola. Infelizmente, eventos recentes revelaram notícias negativas sobre a condução ambiental na América Sul e é preciso ter em mente que economia e sustentabilidade fazem parte desse acordo e não podem ser tratados de forma isolada. Ele também falou da importância da cooperação entre as partes e dos acordos bilaterais e multilaterais. Dombrovskis salientou que a Comissão Europeia está preparando um trabalho sobre desmatamento e que também vem implantando várias leis para evitar uma piora na questão ambiental.

O objetivo é que o consumo não seja responsável pelo desmatamento, no entanto, que se trata de um desafio. Os negócios fechados por meio do acordo podem levar a relação entre os dois blocos adiante. O acordo demorou 20 anos para ser concluído e traz ótimas oportunidades para os dois lados. Além disso, está alinhado com as ambições de sustentabilidade. Para ele, há como proteger as florestas por meio desse acordo. O vice-presidente também comentou sobre como os negócios podem ser bons influenciadores na questão de metas ambientais e citou que, há alguns dias, um grupo de empresários pediu ao governo brasileiro metas mais ambiciosas em relação às mudanças climáticas, além de outros exemplos nessa linha. Iniciativas nessa direção são extremamente valiosas. Mas, é preciso dobrar os esforços para sanar pontos negativos existentes no momento. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.