03/Mai/2021
Entidades empresariais do Brasil e da Europa divulgaram, na sexta-feira (30/04), uma declaração em defesa do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O é assinado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), pela BusinessEurope, que representa empresas do bloco europeu, e pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP). O acordo Mercosul-UE possui regras ambiciosas e avançadas em desenvolvimento sustentável, incluindo compromissos vinculantes para a adoção e implementação dos principais tratados internacionais, como o Acordo de Paris. O acordo promoverá o intercâmbio de bens, serviços, tecnologias e know-how essenciais para enfrentar o desafio global das mudanças climáticas. As empresas têm o objetivo de demonstrar o forte compromisso das empresas europeias e brasileiras com a sustentabilidade e com o acordo Mercosul-UE.
Diante das críticas dos europeus à condução da política ambiental no Brasil e da resistência de alguns países a ratificar o acordo, a ideia é apresentar exemplos concretos e ações relacionadas à sustentabilidade e como essas podem ser melhoradas com o acordo Mercosul-UE. Esses exemplos empresariais são um sinal claro de que os negócios estão fortemente comprometidos com a sustentabilidade como um fator chave para o crescimento econômico e mudanças reais nessa temática. Nesse contexto, o acordo Mercosul-UE é uma oportunidade única para uma melhor e maior cooperação entre as empresas e os governos do Brasil da União Europeia para o desenvolvimento sustentável. Para as entidades, o acordo promoverá uma maior cooperação entre as empresas das duas regiões na área de sustentabilidade, o que ajudará no crescimento e recuperação econômica dos blocos.
Os benefícios do acordo são equilibrados e ambiciosos em acesso a mercados, criando oportunidades adicionais para o crescimento e recuperação econômica nas duas regiões. O acordo levará ao crescimento sustentável com a implementação e monitoramento de políticas ambientais e sociais tanto na União Europeia quanto nos países do Mercosul. O acordo contribuirá para aumentar a ambição nesta área por meio da cooperação e de maior transparência. A implementação do acordo seria uma mensagem forte em favor de um comércio mais sustentável e embasado em regras, especialmente no cenário atual, de necessidade de uma forte recuperação econômica decorrente da pandemia de Covid-19, conclui a declaração.
A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) defendeu o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, afirmando que crescimento e sustentabilidade não são antagônicos. O tratado foi fechado entre as partes em 2019 e agora aguarda o crivo do Parlamento europeu e dos parlamentos de todos os países. Portugal é o presidente da Comissão Europeia, num mandato que se encerra em junho e tem demonstrado interesse em acelerar o processo de aprovação. Uma das maiores críticas ao tratado do lado europeu é a preocupação em relação às ações dos países do Mercosul em relação ao meio ambiente. O acordo tem importância, em especial em relação à sustentabilidade. Empresas de ambos os lados têm mostrado isso. É preciso mostrar que o crescimento e a sustentabilidade não são antagônicos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.