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03/Mai/2021

Taxa de desemprego segue em patamar elevado

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na sexta-feira (30/04) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 14,4% no trimestre encerrado em fevereiro. Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,6%. No trimestre até janeiro, a taxa de desocupação estava em 14,2%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.520,00 no trimestre encerrado em fevereiro. O resultado representa alta 1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 211,189 bilhões no trimestre até fevereiro, queda de 7,4% ante igual período do ano anterior. No trimestre terminado em fevereiro de 2021, faltou trabalho para 32,641 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho subiu de 29,0% no trimestre até novembro para 29,2% no trimestre até fevereiro.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de sub ocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até fevereiro de 2020, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 23,5%. A população subutilizada subiu 1,5% ante o trimestre até novembro, 479 mil pessoas a mais. Em relação ao trimestre até fevereiro de 2020, houve um avanço de 21,9%, mais 5,858 milhões de pessoas. A taxa de desocupação saiu de 14,1% no trimestre até novembro para 14,4% no trimestre até fevereiro, maior patamar para trimestres encerrados em fevereiro dentro da série histórica iniciada em 2012. O trimestre encerrado em fevereiro de 2021 mostrou um fechamento de 266 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em novembro. Na comparação com o trimestre até fevereiro de 2020, 3,928 milhões de vagas com carteira assinada foram perdidas no setor privado.

O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado foi de 29,697 milhões no trimestre até fevereiro, enquanto outros 9,796 milhões atuavam sem carteira assinada, 62 mil a mais que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até fevereiro de 2020, foram extintas 1,848 milhão de vagas sem carteira no setor privado. O trabalho por conta própria ganhou 716 mil pessoas a mais em um trimestre, mas ainda tem 824 mil a menos que o patamar de um ano antes, totalizando 23,653 milhões de pessoas. O número de empregadores diminuiu em 62 mil pessoas em um trimestre. Em relação a fevereiro de 2020, o total de empregadores é 552 mil inferiores. O País teve um aumento de 117 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para 4,908 milhões de pessoas, mas esse contingente ainda é 1,301 milhão menor que no ano anterior. O setor público contratou 584 mil ocupados no trimestre terminado em fevereiro de 2021 ante o trimestre encerrado em fevereiro de 2020. Na comparação com o trimestre até novembro de 2020, foram fechadas 231 mil vagas.

O Brasil alcançou um recorde de 5,952 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em fevereiro. O resultado significa 229 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em novembro, um aumento de 4,0%. Em um ano, 1,259 milhão de pessoas a mais caíram em situação de desalento, alta de 26,8%. A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial. O País registrou um recorde de 14,423 milhões de pessoas desempregadas no trimestre encerrado em fevereiro. A taxa de desemprego passou de 14,1% no trimestre encerrado em novembro para 14,4% no trimestre terminado em fevereiro.

O total de desocupados cresceu 2,9% em relação a novembro, 400 mil pessoas a mais em busca de uma vaga. Em relação a fevereiro de 2020, o número de desempregados aumentou 16,9%, 2,080 milhões de pessoas a mais procurando trabalho. A população ocupada somou 85,899 milhões de pessoas, 321 mil trabalhadores a mais em um trimestre. Em relação a um ano antes, 7,811 milhões de pessoas perderam seus empregos. A população inativa somou 76,431 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro, 18 mil a mais que no trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2020, a população inativa aumentou em 10,494 milhões de pessoas. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) caiu de 54,5% no trimestre encerrado em fevereiro de 2020 para 48,6% no trimestre até fevereiro de 2021. No trimestre terminado em novembro de 2020, o nível da ocupação era de 48,6%. O Brasil alcançou uma taxa de informalidade de 39,6% no mercado de trabalho no trimestre até fevereiro, com 34,014 milhões de trabalhadores atuando informalmente.

Em apenas um trimestre, mais 526 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. A proporção de trabalhadores ocupados contribuindo para a previdência social ficou em 64,4% no trimestre até fevereiro. A massa de salários em circulação na economia encolheu R$ 16,804 bilhões no período de um ano, para R$ 211,189 bilhões, uma queda de 7,4% no trimestre encerrado em fevereiro em relação ao mesmo período de 2020. Na comparação com o trimestre terminado em novembro, a massa de renda real caiu 2,1%, com R$ 4,553 bilhões a menos. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve queda de 2,5% na comparação com o trimestre até novembro, R$ 65 a menos. Em relação ao trimestre encerrado em fevereiro do ano passado, a renda média subiu 1,3%, R$ 33 a mais, para R$ 2.520,00. A queda no rendimento no trimestre (ante novembro) pode estar relacionada a uma participação maior de trabalhadores informais. A média do rendimento acaba caindo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.