ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

30/Abr/2021

Consumo das famílias: há aumento da insegurança

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as famílias estão mais inseguras com relação à sua situação financeira no futuro próximo. É um momento difícil, marcado por oscilação e grande incerteza. Isso se reflete no orçamento familiar, já que o agravamento da pandemia, somado à lentidão da vacinação, acaba gerando pessimismo e cautela no consumo. A Intenção de Consumo das Famílias medida mensalmente pela CNC ficou em 70,7 pontos em abril, o menor nível desde novembro de 2020, o mais baixo para o mês em toda a série da pesquisa e próximo dos pontos mais baixos registrados nos meses que se seguiram à chegada da Covid-19 ao País. Em relação a abril de 2020, a queda é de 26,1%.

A pesquisa detectou certa segurança de parcela significativa dos entrevistados com relação ao emprego, pois um terço deles (33,2%) se considera tão seguro na função atual quanto estava no ano passado. Este é um raro indicador que mostra otimismo dos consumidores. Entre os que apontam para outra direção está a expectativa com relação à evolução da situação profissional. A maior parte das famílias (53,3%) considera negativa sua perspectiva profissional, maior percentual desde novembro do ano passado (54,5%) e bem mais alto do que o de abril do ano passado (42,5%). A avaliação da renda atual igualmente se deteriorou. Uma parcela maior das famílias (41,2% em abril, ante 40,3% em março) acha sua renda pior do que no ano passado.

Também a maior parte das famílias (59,9%) considera que seu nível de consumo é menor do que o de 2020. Aumentou a proporção dos que consideram ter ficado mais difícil comprar a prazo: é de 41,7%, o maior porcentual desde novembro (42,2%). Mas a entidade mantém algum otimismo no curto prazo. Com a imunização em massa da população, o crescimento econômico pode ser retomado e a confiança vai reagir. A sensação predominante nas famílias não é tão animadora. Em abril, elas voltaram a desconfiar das medidas do governo e da velocidade com que ocorrerá a recuperação. O cenário marcado por lentidão da vacinação, desencontros na gestão fiscal, inflação em alta e desaceleração da recuperação parece lhes dar razão. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.