28/Abr/2021

Depois de lançar no ano passado a "carne carbono neutro", projeto em parceria com a Marfrig que prevê associação de floresta plantada de eucalipto com pecuária, a Embrapa está avançando em pesquisas para levar ao mercado outros sistemas de produção com baixa emissão de gases de efeito estufa ou emissões neutralizadas. Um deles será o do "leite de baixo carbono", junto com uma grande empresa de lácteos. A estatal está desenvolvendo sistemas de cálculo para contabilizar emissões da produção de leite na criação a pasto e de gado confinado. Também foram iniciados estudos para o algodão de baixo carbono. EUA e Austrália, dois concorrentes do Brasil, já vêm trabalhando com protocolos de algodão de baixo carbono. A Embrapa também está desenvolvendo pesquisas em estágio inicial sobre a produção de café com emissões reduzidas de gases de efeito estudo, que envolvem intercalar braquiária (gramínea) com as plantas de café.

Há toda uma linha de carbono neutro ou baixa emissão de carbono que este sendo lançada. Há cerca de duas semanas, a Embrapa anunciou também um programa relacionado à "soja de baixo carbono", que abrange técnicas como o plantio direto (que mantém o gás carbônico no solo), e a fixação biológica de nitrogênio (bactérias capturam nitrogênio da atmosfera e o entregam à soja, uma alternativa ao uso de adubos nitrogenados, cuja fonte é o gás natural, uma fonte fóssil). A Embrapa integrará a comitiva brasileira que vai à COP26 - 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, que será realizada em novembro deste ano em Glasgow, na Escócia. A estatal deve levar à conferência seu portfólio de tecnologias agrícolas com baixa emissão de carbono. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.