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28/Abr/2021

Embrapa apresenta tecnologias para agropecuária

A Embrapa apresentou novas tecnologias ao setor agropecuário. Uma delas é uma nova cultivar transgênica de algodão que alia alta produtividade à resistência a doenças, como a mancha de ramulária. Ela estará disponível para produtores a partir da próxima safra de algodão. A estatal também está lançando a primeira cultivar de soja convencional resistente à ferrugem asiática e tolerante a percevejos. Ela contém tecnologias que possibilitam a semeadura do grão de forma antecipada. Isso permitirá a inserção da cultivar em sistemas de rotação de culturas e deve atrair principalmente produtores de soja orgânica. A soja orgânica tem atratividade internacional não apenas para o mercado europeu. Ele disse ter sido procurado recentemente por empresários de Israel interessados em importar soja convencional brasileira.

Outra tecnologia apresentada foi o bioinsumo Auras, produzido à base da bactéria Bacillus aryabhattai, presente nos solos da Caatinga, mais especificamente onde se desenvolve o cacto mandacaru, e destinado inicialmente à cultura do milho. O bioinsumo aumenta a resiliência e a capacidade de adaptação do cereal ao estresse hídrico, permitindo o crescimento da planta mesmo em condições de seca. Esse bioinsumo poderá, futuramente, ser agregado à produção de forrageiras adaptadas ao semiárido. Foi destacado também o lançamento da plataforma Aquaplus, com soluções para manejo e melhoramento de espécies aquícolas. A plataforma inclui tecnologias para o tambaqui, camarão, truta, e outras três estão fase final de testes, voltadas à tilápia, ao pirarucu e à pirapitinga. Em 2019, a Embrapa fez primeiro lançamento da tecnologia Tambaplus, que ajuda os criadores de tambaqui a aumentar a produtividade em até 10%. A aquicultura é um dos segmentos que mais tem recebido recursos da Embrapa.

A empresa conta com dinheiro do Fundo Amazônia, que também destina investimentos a atividades aquícolas. A participação do setor privado em projetos de pesquisa desenvolvidos pela Embrapa vem aumentando e deve continuar crescendo. Em 2020, foi reforçada a estratégia de aproximação do setor privado para financiamento de projetos. Em 2018, apenas 6% da carteira tinha financiamento privado; em 2021 já chega a 20% e a meta é até 2023 ter 40% dos projetos vinculados ao setor privado. No ano passado, a Embrapa passou a implementar o sistema SAP de gestão, tornando-se a primeira empresa pública a adotar o sistema. Isso vai ajudar a reduzir custos, como já ajudou em 2020, e contribuir para a Embrapa ser uma empresa pública mais eficiente. O presidente da Embrapa, Celso Moretti, afirmou que se reuniu com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para discutir o orçamento da estatal para 2021. Ainda não há números finais, mas a expectativa é manter o montante de 2020.

A estatal deixará de gastar em 2021 ao redor de R$ 250 milhões com salários e encargos dos cerca de 1,2 mil colaboradores que deixaram a empresa no ano passado no Plano de Demissão Incentivada (PDI). Como em 2020, o orçamento total da Embrapa foi ao redor de R$ 3,73 bilhões, a estimativa é de um orçamento neste ano ao redor de R$ 3,5 bilhões. Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei Orçamentária Anual (LOA), com cancelamentos (R$ 19,8 bilhões) e bloqueios (R$ 9,3 bilhões) que somam R$ 29,1 bilhões. O presidente também encaminhou solicitação de crédito suplementar de R$ 19,768 bilhões em favor dos ministérios da Economia e da Cidadania, de encargos financeiros da União e de operações oficiais de crédito. Quanto aos R$ 2,584 bilhões previstos na LOA para gestão do Ministério da Agricultura, incluindo a Embrapa, e para os quais também havia previsão de corte, houve contingenciamento de R$ 283 milhões, ou seja, foram garantidos à pasta R$ 2,292 bilhões. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.