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27/Abr/2021

Especialistas criticam política ambiental do Brasil

Em discurso na abertura da Cúpula do Clima, o presidente Jair Bolsonaro procurou desenhar um cenário perfeito da proteção ambiental no Brasil. Exaltou a posição agroambiental, afirmou que o País é um dos que menos contribuíram para as emissões de gases de efeito estufa e pediu recursos internacionais. A retórica foi recebida com total ceticismo. Segundo o Observatório do Clima, Bolsonaro passou metade de seu discurso pedindo dinheiro por conta de conquistas ambientais do passado que ele hoje tenta destruir. De forma geral, o Brasil saiu desta reunião da mesma forma que entrou: desacreditado.

O governo Bolsonaro está há 28 meses barbarizando o meio ambiente e não será um vídeo de 7 minutos que vai reverter isso. Ao pedir apoio financeiro internacional, Bolsonaro deixou de explicar por que mantém paralisado, há mais de dois anos, mais de R$ 2,8 bilhões doados por Noruega e Alemanha no âmbito do Fundo Amazônia. O governo brasileiro não tem credibilidade, pois bloqueou o fundo. Segundo a ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, os instrumentos que funcionavam no País foram meticulosamente destruídos, sem colocar nada no lugar. Não é chantageando que se atrai investimento, é com uma agenda positiva, que mostre compromissos, propostas efetivas, caminhos para o controle do desmatamento.

Para o Observatório do Clima, o presidente coloca o financiamento internacional como condição para a política ambiental dar certo e faz promessas. Fica bastante difícil acreditar que este governo vai levar compromissos nesse sentido adiante. A proposta de orçamento enviada pelo governo ao Congresso (PLOA 21) mostra o completo esvaziamento dessas autarquias. O governo propôs cortar, em 2021, nada menos que R$ 118 milhões do Ibama e R$ 119 milhões do ICMBio. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.