23/Abr/2021

Segundo as Confederações Rurais Argentinas (CRA), as novas exigências do governo argentino para exportação de carnes, grãos e lácteos desestimulam a produção agrícola no país. Esse tipo de medida gera incerteza e desestimula a produção de todas essas matérias-primas. Além disso, há muita incerteza sobre a forma como serão distribuídas as cotas de autorizações de exportações. O governo argentino emitiu uma resolução com novas exigências a serem cumpridas pelos exportadores de carne, grãos e lácteos para que se cadastrem ou permaneçam no registro oficial.

As empresas devem apresentar, dentre outras exigências, um plano de trabalho com a mercadoria e os volumes a serem exportados, movimentação bancária nos últimos seis meses e linhas de financiamento concedidas pelas entidades informadas. A medida é classificada como como intervencionista e prejudicial aos produtores e exportadores agrícolas. Além de gerar um desestímulo de forma geral no mercado, essa medida acaba provocando aumento nos preços de produtos diante da retração na produção. São ações totalmente contrárias ao clima de negócios, aos investimentos, à produção e ao ânimo do produtor.

A Agência Tributária de Buenos Aires (ARBA) posicionou mais de 100 agentes nas rotas e portos da província para fazer controle contra a evasão no mercado de grãos. A operação é relatada pela agência que, na semana passada, intimidou 10 mil produtores por supostamente subfaturar receita bruta de US$ 354 milhões. Os controles envolvem 15 pontos da província. Os monitoramentos são realizados simultaneamente em corredores e portos de grãos, com o objetivo de identificar e combater o contrabando e as manobras de evasão na comercialização de grãos. Fonte: Agência Estado e La Nación. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.