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22/Abr/2021

Brasil e China aprofundam a parceria na pandemia

Segundo o Ministério da Agricultura, com a pandemia de Covid-19, o Brasil se firmou como um parceiro comercial de confiança para a China, além de fornecedor de alimentos seguros e em volume satisfatório. A China se consolidou como parceira do agronegócio brasileiro. Outro avanço foi o reforço dos laços técnicos entre os países, também uma consequência da pandemia. A pandemia acabou encorajando de maneira intensa os contatos virtuais, na medida em que foi necessário manter um diálogo bastante importante Brasil/China, principalmente no que diz respeito a questões sanitárias. A pasta respondeu rápida e prontamente os questionamentos da China em relação à segurança de alimentos, em documentos escritos em mandarim, para facilitar a comunicação, o que deixou os chineses satisfeitos.

Em 2020, 35% de todas as exportações do agronegócio brasileiro tiveram como destino a China. A China, por sua vez, comprou do Brasil 18% de tudo o que importou de alimentos. A conquista da confiança da China em relação ao Brasil é muito significativa, já que segurança alimentar é um assunto absolutamente estratégico no País. É a base da confiança para o comércio com a China. Apesar de o gigante asiático ser o maior produtor e importador de alimentos, o governo chinês enxerga nas importações uma oportunidade de diversificar os produtos oferecidos à sociedade chinesa, lembrando que ali há uma classe média ascendente. Por isso, oportunidades se abrem mais ainda para o Brasil.

Há oportunidades em produtos processados, em polpas, sucos, e alimentos saudáveis, que têm um apelo muito forte entre a população mais jovem. Sobre o reforço dos laços técnicos entre Brasil e China, o governo brasileiro e o ministério foram desafiados a rapidamente estabelecer fluxos de comunicação que atendessem à demanda dos chineses, preocupados com o avanço global da pandemia e o controle interno da Covid-19. Isso demandou do Ministério da Agricultura informações sobre o que estava acontecendo no Brasil e eles foram prontamente atendidos. Houve grande entrosamento entre as equipes técnicas dos dois países.

No fim, as operações técnicas adquiriram uma velocidade maior na pandemia e isso deve ser um legado para o 'novo normal' pós-pandêmico. Como o Brasil se consolidou como um fornecedor de alimentos confiáveis para a China, isso conta pontos sob o ponto de vista do consumidor, que é bastante preocupado com a questão sanitária dos alimentos. Por isso, pode ser o momento de o Brasil começar a pensar em diversificar os produtos que embarca. Alimentos funcionais e de nicho, por exemplo, são oportunidades. Vale, ainda mencionar a questão do comércio eletrônico transfronteiriço.

A China já é o maior mercado global de comércio eletrônico e vai adquirir um peso ainda maior não só nas exportações, mas também nas importações. Por isso, há oportunidade para os produtos brasileiros atingirem diretamente o varejo na China, tanto em alimentos quanto em bebidas. Alimentos importados são muito populares entre os consumidores chineses. O Ministério da Agricultura observou, por último, a importância que a sustentabilidade tem tido entre a sociedade chinesa e que, por isso, o agronegócio brasileiro deve ter isso sempre no radar. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.