20/Abr/2021

O Ministério da Economia quer a devolução de ao menos R$ 1,8 bilhão do orçamento 2021, destinados para a agropecuária. No texto aprovado no mês passado, o relator da proposta de orçamento, reduziu em R$ 2,5 bilhões a sugestão do Poder Executivo para as subvenções econômicas na agropecuária. O Ministério da Economia afirmou que, com os cortes, há risco de o Tesouro Nacional suspender operações com recursos orçamentários ainda em curso no Plano Safra 2020/2021. Além disso, com a restrição de verba, o Plano Safra 2021/2022, que começa em 1º de julho, poderá ser lançado sob risco.

Os cortes afetaram principalmente o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, que teve redução de R$ 1,35 bilhão. Também houve cortes no custeio da safra (R$ 550 milhões) e nos recursos para as linhas de investimentos (R$ 600 milhões). Segundo a Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, a redução nos recursos do Pronaf representa quase 41% do apoio previsto para a atividade. Com menos recursos, os bancos vão ficar ainda mais seletivos na concessão de crédito.

O Ministério da Cidadania afirmou que as verbas para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) serão insuficientes. O programa ajuda pequenos produtores e agricultores familiares com a compra de itens destinados à merenda escolar. A Confederação da Agricultura (Contag) alertou que o quadro tende a ficar ainda pior se faltar dinheiro para o seguro rural. O presidente Jair Bolsonaro tem até o dia 22 de abril para sancionar, com vetos ou não, a proposta orçamentária aprovada pelo Congresso Nacional. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.