16/Abr/2021

O Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) voltou a subir em fevereiro, pelo sétimo mês consecutivo, mas a alta, de 0,8% em relação ao segundo mês de 2020, foi a menor desde agosto, o que indica que os reflexos da pandemia do novo coronavírus continuam a afetar o setor. O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV. O indicador permaneceu positivo graças ao segmento de produtos não-alimentícios, que avançou 6,5%.

No caso dos produtos alimentícios e bebidas, no entanto, houve queda de 4,6%, a terceira consecutiva. Prejudicado pela paralisação do auxílio emergencial e pela inflação elevada, esse setor registrou o pior primeiro bimestre desde 2012. Nos dois primeiros meses deste ano, o PIMAgro acumulou uma variação positiva de 0,9%. No grupo de produtos não-alimentícios, houve incremento de 7%, mas no ramo de produtos alimentícios e bebidas a retração chegou a 4,5%. No grupo de produtos não-alimentícios, o aumento bimestral foi puxado pelas áreas de insumos (15,9%), borracha (8,2%), têxteis (6,2%), fumo (5,3%) e produtos florestais (4,7%).

Apenas a indústria de biocombustíveis recuou (10,8%), ainda em função das restrições de circulação impostas pela Covid-19. No caso dos produtos alimentícios, a queda foi determinada pela redução da produção nas áreas de alimentos de origem vegetal (10,2%), alimentos de origem animal (3,6%) e bebidas não-alcoólicas (7,8%). Houve avanço de 1,6% no ramo de bebidas alcoólicas. No período de 12 meses encerrado em fevereiro, o PIMAgro recuou 1,2%. No grupo de produtos não-alimentícios, houve queda de 5,3%, e, no de produtos alimentícios e bebidas, avanço de 2,6%. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.