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14/Abr/2021

Empresas pedindo metas ambientais ambiciosas

Em carta enviada ao governo, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) pede metas mais ambiciosas relacionadas ao clima e um esforço maior para a construção de uma agenda de retomada sustentável para a economia brasileira. Ao todo, 33 empresas e bancos assinaram o documento, incluindo Bradesco, Braskem, Itaú, Shell, Microsoft e Suzano. Conforme a carta, o País precisa buscar a neutralidade climática, ou seja, emissão líquida zerada de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, até 2050. Em dezembro, em um documento de diretrizes sobre assuntos do clima, a NDC (Contribuições Nacionalmente Determinadas), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) traçou planos para atingir este objetivo até 2060.

Os líderes da iniciativa privada, portanto, cobram que é necessário acelerar as exigências do setor produtivo, para chegar à neutralidade uma década mais cedo. Um dos principais objetivos do acordo é limitar o aumento na temperatura global até o fim do século a 2°C, no máximo, até o fim deste século. A carta começou a ser elaborada justamente em dezembro, depois de o governo definir uma meta considerada muito branda pelas empresas. O documento foi encaminhado aos ministérios da Economia, do Meio Ambiente, das Relações Exteriores e da Agricultura. O CEBDS mostra ao governo e à sociedade civil que o setor empresarial apoia uma ambição climática no País. A entidade espera se reunir até o fim desta semana com o ministro Paulo Guedes (Economia) para debater o tema. Segundo as empresas, metas ambientais mais ambiciosas poderiam trazer ao País não só investimentos, mas também vantagens competitivas.

Um dos pontos de destaque do documento é em relação à chamada "retomada verde": seguir nesta direção é a única maneira adequada de ser competitivo. O País também precisa ter metas mais claras para reduzir o desmatamento ilegal. Só tem vantagens em reduzir: traz segurança jurídica, ajuda a ser um local mais confiável que, consequentemente, atrai mais recursos. Lista completa de empresas e instituições que assinam a carta: Bayer, Braskem, Bradesco, BRF, CBA, DSM, Ecolab, Eneva, Equinor, iCare, Ipiranga, Itaú, JBS, Lojas Renner S.A, Lwart, Marfrig, Michelin, Microsoft, Natura, Schneider Eletric, Shell, Siemens Energy, Suzano, Ticket Log, Tozzini Freire, Vedacit, Votorantim Cimentos, Way Carbon, Abag, Amcham, Cebri, Coalizão Brasil, ICC. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.