07/Abr/2021

A Serasa Experian está investindo R$ 40 milhões para ampliar sua atuação no agronegócio e melhorar análises de crédito e risco de produtores financiados por bancos, cooperativas, tradings, empresas e revendas de insumos. A empresa combinará uma plataforma de dados, algoritmos e tecnologias proprietárias para que os financiadores tenham uma visão completa do produtor solicitante, com "scores" (notas) de risco de pagamento e de produção.

Pelo novo sistema, fornecedores de crédito poderão também compartilhar informações de contratos com produtores rurais a fim de criar uma base de dados sobre riscos e alavancagem (endividamento) do mercado, resguardando a proteção do segredo comercial de cada participante e cumprindo as regras da Lei Geral de Proteção de Dados para tratamento dos dados pessoais. Qualquer agente do agronegócio poderá entender o quanto cada produtor está comprometido com o custeio e com a venda de seu produto.

Esta informação, associada a relatórios de inteligência de mercado, permitirá que qualquer financiador tenha uma visão melhor de cada produtor rural. Apenas 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio é financiado por crédito, contra 55% de outros segmentos. Isso ocorre principalmente devido à análise de crédito custosa e à falta de dados confiáveis. Por isso, a Serasa está ampliando a atuação no setor, visando promover análises mais assertivas, reduzir o risco de inadimplência, aumentar a transparência e melhorar práticas em gestão de riscos.

Os produtores também serão beneficiados por uma esperada redução dos prazos de análise e validação da documentação, avaliação do risco mais assertiva e consequentemente modelos de financiamento mais adequados aos diferentes perfis financeiros. Isso aumenta a possibilidade de acesso a mais financiadores e players que estão entrando neste mercado. O DataLab conta com quase 20 cientistas de dados totalmente dedicados ao projeto. O objetivo é que o mercado de crédito e financiamento para o agronegócio seja tão sofisticado quanto o de crédito comercial. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.