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01/Abr/2021

Desemprego atinge patamar recorde no trimestre

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quarta-feira (31/03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 14,2% no trimestre encerrado em janeiro. Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,2%. No trimestre até dezembro de 2020, a taxa de desocupação estava em 13,9%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.521,00 no trimestre encerrado em janeiro. O resultado representa alta de 2,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 211,432 bilhões no trimestre até janeiro, queda de 6,9% ante igual período do ano anterior. O Brasil alcançou um recorde de 5,902 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em janeiro. O resultado significa 133 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em outubro, um aumento de 2,3%. Em um ano, 1,204 milhão de pessoas a mais caíram em situação de desalento, alta de 25,6%.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial. No trimestre terminado em janeiro de 2021, faltou trabalho para 32,380 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho desceu de 29,5% no trimestre até outubro para 29,0% no trimestre até janeiro. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até janeiro de 2020, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 23,2%.

A população subutilizada caiu 0,5% ante o trimestre até outubro, 168 mil pessoas a menos. Em relação ao trimestre até janeiro de 2020, houve um avanço de 22,7%, mais 5,990 milhões de pessoas. A taxa de desocupação saiu de 14,3% no trimestre até outubro para 14,2% no trimestre até janeiro, maior patamar para trimestres encerrados em janeiro dentro da série histórica iniciada em 2012. O País registrou um recorde de 14,272 milhões de pessoas desempregadas no trimestre encerrado em janeiro. O total de desocupados cresceu 1,5% em relação a outubro, 211 mil pessoas a mais em busca de uma vaga. Em relação a janeiro de 2020, o número de desempregados aumentou 19,8%, 2,359 milhões de pessoas a mais procurando trabalho. A população ocupada somou 86,025 milhões de pessoas, 1,725 milhão de trabalhadores a mais em um trimestre. Em relação a um ano antes, 8,126 milhões de pessoas perderam seus empregos.

A população inativa somou 76,377 milhões de pessoas no trimestre encerrado em janeiro, 817 mil a menos que no trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2020, a população inativa aumentou em 10,644 milhões de pessoas. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) subiu de 48,0% no trimestre encerrado em outubro para 48,7% no trimestre até janeiro. No trimestre terminado em janeiro de 2020, o nível da ocupação era de 54,8%. O trimestre encerrado em janeiro de 2021 mostrou uma abertura de 23 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em outubro. No entanto, na comparação com o trimestre até janeiro de 2020, 3,918 milhões de vagas com carteira assinada foram perdidas no setor privado. O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado foi de 29,792 milhões no trimestre até janeiro, enquanto outras 9,809 milhões atuavam sem carteira assinada, 339 mil a mais que no trimestre anterior.

Em relação ao trimestre até janeiro de 2020, foram extintas 1,864 milhão de vagas sem carteira no setor privado. O trabalho por conta própria ganhou 1,047 milhão de pessoas a mais em um trimestre, mas ainda está 1,072 milhão menor em relação a um ano antes, totalizando 23,503 milhões de pessoas. O número de empregadores diminuiu em 7 mil pessoas em um trimestre. Em relação a janeiro de 2020, o total de empregadores recuou 548 mil. O País teve um aumento de 212 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para 4,919 milhões de pessoas, mas esse contingente ainda é 1,341 milhão menor que no ano anterior. A única categoria da ocupação com aumento no número de trabalhadores em um ano foi o setor público, com 514 mil ocupados a mais no trimestre terminado em janeiro de 2021 ante o trimestre encerrado em janeiro de 2020. Na comparação com o trimestre até outubro de 2020, foram abertas 48 mil vagas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.