ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

29/Mar/2021

Plano Safra 2021/2022: CNA pede mais recursos

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), um dos principais pleitos do setor agropecuário na discussão do Plano Safra todos os anos é reduzir taxas de juros e aumentar volume de recursos para o crédito rural. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tem se esforçado junto ao Ministério da Economia para garantir mais recursos para o Plano Safra 2021/2022, a partir de 1º de julho. Foi importante ter um setor forte do ponto de vista da segurança alimentar (na pandemia), para gerar empregos. O setor agropecuário gerou, em 2020, 60 mil novos postos de trabalho e contribuiu com 48% das exportações do País. Além disso, o PIB agropecuário cresceu 2% e o PIB do agronegócio representou 24% do PIB do País. No início do ano passado, com a chegada do coronavírus ao Brasil, a situação era "nebulosa".

O produtor ficou retraído, com medo de investir, mas foi ter um mínimo de estímulo de preços que isso virou. O resultado foi 40% a mais de recursos voltados para investimento; a demanda para máquinas agrícolas foi altíssima. Quando o produtor tem estímulo, ele investe no negócio. Tanto que com todo o problema de clima, o Brasil terá uma safra recorde de grãos (em 2020/2021). A CNA entende, porém, que o cenário é mais complexo do que o do ano passado. Tem a questão da vacinação, que é uma solução, mas não no curto prazo. Até lá, é preciso saber qual vai ser o impacto para a economia brasileira. A Selic tem a tendência de aumentar, então o custo de captação vai ficar mais caro. Tudo isso preocupa no sentido de uma dificuldade maior de ter um Plano Safra acima do ano passado. Porém, o setor tem uma resposta rápida a investimentos. É um setor que responde rápido, garante segurança alimentar e responde com os números da economia.

A briga por mais recursos é salutar e vai ocorrer. Mas, se for possível reduzir as burocracias no crédito, inclusive lembrando das cooperativas de crédito, que atendem muitos pequenos produtores com custos muito mais acessíveis do que os outros bancos, se for possível conseguir dar muito mais fomento para essas cooperativas, e inclusive para os bancos privados, que vão entrar no crédito rural oficial, seria bom. Em relação aos bancos privados e o crédito rural, por causa das incertezas ligadas à economia e à pandemia no ano passado eles não entraram com força no crédito rural. Além disso, havia incertezas e inovações como o PIX e open banking, que pode ter atrasado este processo de entrada no crédito rural. Mas, este ano haverá mais interesse dos bancos em entrar na atividade. A melhoria do arcabouço legal é essencial para conseguir atender o setor com um funding bem maior. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.