26/Mar/2021

A Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) afirmou que, embora a Lei do Agro (que permitiu que a iniciativa privada participasse com várias ferramentas do crédito rural) tenha sido aprovada no ano passado, no meio da pandemia, a emissão de CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) foi boa. Foram emitidos 112 CRAs, com R$ 48 bilhões, um valor elevado e isso já demonstra que vai ser algo com expansão muito grande. Por isso, este ano pode ser melhor do que o ano passado, pois, apesar de a pandemia, o setor conseguiu se adaptar. Os green bonds também são alternativa para financiamento agrícola.

O Fiagro, recentemente aprovado, também vai ser uma forma de aumentar a diversificação de recursos para o crédito rural e o funding do setor. O agro se tornou importante estratégia de investimento, inclusive para pessoas físicas. A partir do momento em que há algo mais estruturado, como o Fiagro, haverá, além dos investidores tradicionais, pessoas físicas, o que permitirá oxigenar um pouco mais o funding do setor. Um último ponto é a questão das agrofintechs. Algumas grandes entraram no mercado de crédito rural recentemente e elas querem trabalhar também com o crédito rural oficial. A expectativa é de que isso vai ser bom para reduzir a venda ‘casada’. Haverá um processo mais automatizado, com menor interferência da agência bancária e redução desse problema histórico.

Além disso, vai agilizar a tomada de crédito para o produtor. Isso tudo melhora o ambiente de crédito. A CNA tem batido muito na questão da garantia do crédito. O produtor que tem seguro rural não é favorecido em taxas ou na rapidez na liberação de financiamento. Deveria ter um incentivo para este produtor que oferece menos risco do que os demais. Por isso, com a entrada de outros bancos e fintechs haverá uma mudança na qualificação do produtor. O próprio open banking vai abrir muito mais portas para o mercado privado no investimento agropecuário. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.