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25/Mar/2021

Mercosul-UE: pressão sobre a questão ambiental

Um novo relatório contra carnes brasileiras foi divulgado nesta quarta-feira (24/03) na Europa pela ONG Amigos da Terra, que acusa a produção brasileira de ser associada à violação de direitos humanos e ao desmatamento. O relatório vem no rastro da nova “coalizão transatlântica”, lançada na semana passada por 450 entidades da sociedade civil para manter a campanha contra o acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul, o maior tratado de troca de preferências na história dos dois blocos. A Amigos da Terra Europa lembra, no relatório, que o Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e o segundo maior no mercado de carne de frango e que a União Europeia é central na importação de carnes de pelo menos quatro grandes frigoríficos brasileiros.

Eles são acusados pela ONG de estarem ligados a desmatamento, perda de biodiversidade, trabalho forçado e violação dos direitos de povos indígenas. O documento alega que as grandes companhias brasileiras fracassaram no monitoramento de direitos humanos e de padrões ambientais em suas cadeias de fornecimento por mais de uma década. Com essas alegações, a Amigos da Terra pede para que o acordo Mercosul-UE não seja aprovado pelos países-membros do bloco europeu e a introdução de um processo de due dilligence nas cadeias exportadoras.

O fato é que a pressão sobre o Brasil no comércio global de produtos do agronegócio continua aumentando. Antes, eram os interesses protecionistas de agricultores europeus que prevaleciam. Agora, a pressão é sobretudo com questões ambientais. Grandes tradings agrícolas e frigoríficos têm procurado adotar medidas e estabelecer novas metas de controle ambiental em suas cadeias de fornecimento. Mas, ainda há problemas, concentrados nos fornecedores indiretos dessas grandes companhias, e eles estão no foco das principais ações anunciadas nos últimos tempos. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.