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24/Mar/2021

Plano Safra 2021/2022 não terá redução de juros

Em linha com o pensamento de auxiliares da ministra Tereza Cristina, e a contragosto de grande parte do setor produtivo, a equipe econômica não vai apoiar a redução das taxas de juros do próximo Plano Safra. Além do aumento na taxa Selic, o qual saltou de 2% para 2,75% ao ano, o governo afirma que houve um descolamento grande entre as taxas do crédito rural e o custo efetivo do recurso do Tesouro. Na prática, a redução de juros no atual cenário significaria menos dinheiro aplicado na ponta aos produtores, já que a diferença que o governo gasta com a subvenção aumentaria. O Ministério da Economia afirmou que não irá apoiar uma queda na taxa de juros.

No entanto, mesmo assim, as entidades da agricultura familiar mantêm o pedido por mais recursos e juros menores. A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) defende que o setor não pode continuar pagando juros iguais ou superiores à taxa Selic. No mundo inteiro a agricultura familiar tem subsídio. De acordo com economistas as chances são nulas de haver redução nas taxas para a agropecuária. Até julho, quando o novo plano entrará em vigor, a expectativa é que a Selic aumente ainda mais, para entre 4% e 5%. Não faz sentido os juros caírem. Se isso acontecer, haverá menos recurso.

A Federação da Agricultura e Pecuária de São Paulo (Faesp) avalia que a elevação da Selic vai encarecer o crédito rural nas instituições financeiras e dificultar a contratação pelos produtores. Em nota, afirmou que na edição 2020/2021, ocorreram avanços importantes, mas os juros ficaram acima da expectativa. Para a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), se houver redução nos juros, provavelmente haverá diminuição no volume de recursos efetivamente emprestados. É uma equação complexa que não deve ser resolvida observando apenas os resultados políticos. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.